Cientistas pedem grande pesquisa para explorar geoengenharia glacial e prevenir derretimento de geleiras

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Por Ana Silva
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Derretimento de geleiras com equipamentos científicos e equipe de pesquisa.

São PauloCientistas divulgaram um relatório importante sobre a geoengenharia glacial. Esse novo campo estuda o uso de tecnologia para impedir o derretimento de geleiras e mantos de gelo causado pelas mudanças climáticas. É a primeira vez que glaciologistas avaliam publicamente possíveis soluções tecnológicas para prevenir um aumento drástico do nível do mar. O relatório não apoia nenhuma solução específica; em vez disso, destaca a necessidade de pesquisas extensivas nas próximas décadas para determinar quais métodos podem ser eficazes e viáveis.

Pontos Principais:

  • A necessidade de uma grande iniciativa de pesquisa
  • Enfoque em possíveis intervenções tecnológicas
  • Preocupações com pontos críticos para o colapso das geleiras
  • A importância de interromper as emissões de carbono
  • Intervenções potenciais incluem cortinas submarinas e desaceleração das correntes de água de derretimento

O professor Douglas MacAyeal da Universidade de Chicago afirmou que, apesar de os cientistas preferirem não ter que conduzir essa pesquisa, ela é essencial para o futuro. John Moore do Centro Ártico da Universidade da Lapônia acrescentou que devemos começar a financiar esses estudos agora para evitar decisões precipitadas quando o nível do mar subir.

Os níveis do mar estão aumentando, o que é muito preocupante. Desde o final do século XIX, o nível do mar subiu de 20 a 23 centímetros. A maior parte do gelo que pode influenciar esses níveis encontra-se no Ártico e na Antártida. O relatório sugere a construção de barreiras ao redor das camadas de gelo para protegê-las da água quente do oceano. No entanto, essas propostas podem ser extremamente caras e prejudicar os ecossistemas árticos e o modo de vida das pessoas.

Existem duas principais técnicas sugeridas para ajudar as plataformas de gelo: Uma delas é utilizar barreiras no fundo do oceano para impedir que a água quente atinja o gelo, como colocar redes no leito marinho ao redor do Glaciar Thwaites na Antártica, o que pode exigir cerca de 50 milhas destas redes. A outra técnica envolve a desaceleração das correntes de água derretida que fluem das geleiras para o mar, o que pode ser feito perfurando buracos até a base do glaciar para drenar a água ou congelar a parte inferior do glaciar para reduzir o fluxo.

Muros marítimos podem deslocar água quente para as calotas polares próximas e prejudicar a vida marinha. Já a perfuração talvez seja menos impactante para os ecossistemas, mas pode não ser tão eficaz.

As Mudanças Climáticas e o Futuro das Geleiras

As mudanças climáticas têm impactado significativamente as geleiras ao redor do mundo. Mesmo que interrompamos a emissão de carbono, algumas geleiras ainda podem continuar a se desfazer. Os cientistas acreditam que a principal prioridade deve ser parar com as emissões de carbono, porém também consideram importante estudar formas de alterar o clima.

O relatório destaca a importância de envolver diferentes partes interessadas na pesquisa, incluindo:

  • Sociólogos
  • Líderes comunitários
  • Organizações internacionais de tratados
  • Povos indígenas

Os testes no Ártico são prováveis, mas vozes locais e internacionais devem orientar quaisquer intervenções.

O grupo planeja iniciar um grande projeto de pesquisa, com foco em debates sobre ética, justiça social e regulamentações relacionadas às mudanças glaciais. O objetivo é fornecer às futuras gerações um vasto conhecimento sobre as geleiras.

Você pode ler o documento completo online, que explica todos esses pontos e inclui informações adicionais.

O estudo é publicado aqui:

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