ONG denuncia intimidação em megaprojeto de petróleo em Uganda

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Por Alex Morales
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Plataformas de petróleo cercadas por nuvens escuras e ameaçadoras.

São PauloRelatórios indicam uma situação tensa em torno do projeto de petróleo em Uganda. Um grupo de direitos humanos dos EUA afirmou que as tropas do governo ugandense estão gerando medo na população. Há acusações contra essas tropas de expulsões forçadas, destruição de barcos de pesca e atos de violência.

Brad Adams, diretor da Climate Rights International, afirmou que o projeto levou a violência, medo e pobreza para a população de Uganda. O projeto de petróleo, chamado Kingfisher, é operado pela China National Offshore Oil Corporation (CNOOC) e é visto como um risco para o meio ambiente e os direitos humanos. Uganda possui cerca de 1,4 bilhão de barris de petróleo disponíveis para exploração.

Apesar desses recursos, a produção de petróleo tem enfrentado atrasos significativos, tais como:

  • Disputas fiscais com empresas petrolíferas
  • Acusações de corrupção
  • Preocupações com direitos humanos

TotalEnergies possui 56,67% dos campos de petróleo, a CNOOC detém 28,33% e a Companhia Nacional de Petróleo de Uganda controla 15%. TotalEnergies e CNOOC também estão planejando construir o Oleoduto de Petróleo Bruto da África Oriental, que se estenderá por 1.443 quilômetros desde Uganda até o porto de Tanga no Oceano Índico. Críticos afirmam que este oleoduto ameaça o meio ambiente e os meios de subsistência das pessoas, pois atravessa áreas sensíveis.

Autoridades ugandesas se opõem às campanhas ambientais e de direitos humanos contra o oleoduto, acusando os ativistas de interferirem em assuntos nacionais. Para os oficiais, a renda gerada pelo petróleo pode ser uma solução para reduzir a pobreza de milhões no país. O presidente Yoweri Museveni alertou que buscará novos parceiros caso os atuais decidam se retirar.

Argumentos econômicos em favor do oleoduto ignoram os danos potenciais ao meio ambiente e às comunidades. A rota do oleoduto pode prejudicar sete reservas florestais, dois parques de caça e o Lago Vitória, que fornece água potável para 40 milhões de pessoas. Críticos afirmam que Uganda poderia investir em energias renováveis, uma alternativa menos nociva e mais promissora para o futuro.

Os abusos dos direitos humanos relatados levantam preocupações sobre quem realmente se beneficia da riqueza do petróleo. Se a população local enfrenta violência, ameaças e pobreza, a prosperidade prometida por esses projetos é questionável. A comunidade internacional precisa enfrentar essas questões de direitos humanos e defender práticas éticas na indústria petrolífera de Uganda.

Há sérios problemas como deslocamento de pessoas, danos aos ecossistemas e poluição da água que perdurarão por muito tempo. Organizações internacionais e grupos de fiscalização devem monitorar a situação de perto e garantir que o governo de Uganda siga práticas justas e humanas.

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