Nova técnica revolucionária de análise de impressões digitais promete resultados inovadores em crimes

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Por Ana Silva
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Scanner de impressão digital moderno escaneando uma impressão digital clara.

São PauloUm estudo recente do Departamento de Medicina Forense da Universidade de Aarhus apresenta uma nova técnica para analisar impressões digitais que oferece muito mais informações do que os métodos tradicionais. Utilizando a Espectrometria de Massas por Ionização por Electrospray de Dessorção (DESI-MS), essa abordagem representa um avanço significativo na ciência forense, crucial para resolver casos criminais em que as técnicas atuais são insuficientes.

O novo método utiliza fitas de gelatina para coletar impressões digitais, que são então analisadas por meio de imagens químicas DESI-MS. Este processo inovador oferece várias vantagens importantes.

  • Separa impressões digitais sobrepostas
  • Aprimora impressões digitais fracas
  • Analisa a composição química das impressões digitais

Gelatina adesiva para levantamento de impressões apresenta ótimos resultados em superfícies delicadas. Depois de testes laboratoriais, agora está sendo aplicada em amostras reais pela Unidade Nacional de Crimes Especiais da Polícia da Dinamarca. Este método supera a fotografia tradicional de impressões digitais, que frequentemente falha em separar impressões sobrepostas ou capturar impressões muito leves.

O método utiliza um spray fino de gotículas de metanol eletricamente carregadas para ionizar substâncias presentes na impressão digital. Essas substâncias ionizadas são então analisadas individualmente quanto à sua massa. Isso oferece aos investigadores informações detalhadas sobre os padrões e as substâncias na impressão digital. Esta técnica apresenta diversas possíveis aplicações.

  1. Detecte substâncias como nicotina, cafeína, drogas, explosivos e cosméticos. 2. Gere perfis com base na sua alimentação, nos medicamentos que toma e em hábitos como fumar. 3. Analise biometria para identificar gênero, idade e outros detalhes demográficos.

Esta nova técnica pode revolucionar o uso de impressões digitais em investigações criminais. Em crimes graves como homicídio ou estupro, ela pode fornecer provas valiosas que antes não estavam disponíveis. Embora os primeiros testes sejam promissores, os pesquisadores estão trabalhando para garantir que a técnica possa ser aplicada de forma eficiente e eficaz na prática forense real.

Cientistas agora conseguem analisar impressões digitais para obter informações químicas detalhadas sobre uma pessoa. Isso pode revelar se alguém usou recentemente drogas como cocaína, maconha ou ayahuasca, fornecendo um retrato claro de suas atividades e contatos recentes.

Pesquisadores da Universidade de Aarhus, com financiamento do Fundo Dinamarquês para Vítimas, estão aprimorando este método forense para uso mais amplo. Se funcionar bem, melhorará significativamente a análise forense, tornando as investigações mais detalhadas e completas. Esta nova abordagem pode mudar a forma como as evidências são coletadas, estudadas e compreendidas em casos criminais, resolvendo um grande problema das técnicas forenses atuais.

O estudo é publicado aqui:

http://dx.doi.org/10.1021/acs.analchem.4c02305

e sua citação oficial - incluindo autores e revista - é

Kim Frisch, Kirstine L. Nielsen, Jo̷rgen B. Hasselstro̷m, Rikke Fink, Stine V. Rasmussen, Mogens Johannsen. Desorption Electrospray Ionization Mass Spectrometry Imaging of Powder-Treated Fingermarks on Forensic Gelatin Lifters and its Application for Separating Overlapping Fingermarks. Analytical Chemistry, 2024; DOI: 10.1021/acs.analchem.4c02305
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