Fenômenos polares: luz e biodiversidade na sustentabilidade

Tempo de leitura: 2 minutos
Por Bia Chacu
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Auroras iluminando a diversa fauna polar contra o céu estrelado.

São PauloCientistas na Finlândia sugerem que as condições especiais de luz perto dos polos do planeta são fundamentais para sustentar a biodiversidade. Essas condições criam áreas ao redor dos Polos Norte e Sul onde diferentes espécies se misturam e interagem. Aqui estão os pontos principais de sua ideia:

  • A intensa luminosidade cria uma sincronia na fenologia reprodutiva entre as espécies.
  • Zonas híbridas se formam devido à sincronização de floração e rituais de acasalamento.
  • Microrganismos desempenham um papel vital no desenvolvimento dos ecossistemas.

Mudanças na luz do dia são significativas nos polos, resultando em dias muito longos no verão e noites igualmente longas no inverno. Diferente da temperatura, a quantidade de luz solar é constante em diferentes locais e não se altera com o clima. Essa regularidade permite que plantas e outros organismos programem seu ciclo reprodutivo com base na luz disponível. Como consequência, espécies intimamente relacionadas podem cruzar entre si com maior frequência, promovendo uma diversidade genética ampliada.

Hibridização ocorre quando duas espécies ou variedades diferentes se cruzam. Isso pode acontecer naturalmente se forem biologicamente compatíveis. Nas regiões polares, a coincidência no tempo devido às condições de luz favorece a hibridização. Espécies híbridas também podem se reproduzir com as espécies originais, transmitindo genes e criando novas características. Em áreas próximas ao equador, onde as mudanças no comprimento do dia são menos extremas, esse tipo de mistura de espécies ocorre com menos frequência.

A Importância dos Microrganismos nas Mudanças Climáticas

Os microrganismos desempenham funções essenciais nos ecossistemas, influenciando tanto a captura quanto a liberação de carbono, um elemento crucial nas mudanças climáticas. Eles estão envolvidos na decomposição de matéria orgânica e no ciclo de nutrientes, afetando diretamente a quantidade de gases de efeito estufa na atmosfera. Compreender o papel desses pequenos organismos é vital para o desenvolvimento de estratégias eficazes no combate às mudanças climáticas.

Microrganismos são fundamentais para a diversidade da vida na Terra e têm tido papel crucial desde o início da vida. Com ciclos de vida curtos, eles se adaptam rapidamente, influenciando plantas e animais. Alguns microrganismos reagem à luz, auxiliando a sobrevivência das plantas em regiões polares. Esses grupos de microrganismos, que convivem com plantas e animais, são parte integrante desses organismos e devem ser reconhecidos como tal.

Mudanças climáticas representam uma grande ameaça para a fauna e flora das regiões polares. Essas áreas estão esquentando rapidamente, o que pode prejudicar seus ecossistemas. O derretimento do gelo marinho no Ártico e do gelo na Antártica pode alterar significativamente as paisagens. Isso colocaria muitas espécies em risco, já que elas são adaptadas a viver nesses ambientes singulares.

Cientistas afirmam que precisamos falar mais sobre a biodiversidade. Trata-se não apenas de diferentes espécies, mas também da variedade genética e das interações entre microrganismos. Manter ecossistemas robustos por meio dessas interações diversas pode ajudar na recuperação de problemas. Combater as mudanças climáticas é crucial para proteger essa biodiversidade, que pode ser ameaçada por rápidas alterações no meio ambiente. Precisamos de uma estratégia abrangente para manter os ecossistemas do planeta fortes e saudáveis.

O estudo é publicado aqui:

http://dx.doi.org/10.1016/j.oneear.2024.08.002

e sua citação oficial - incluindo autores e revista - é

Kari Saikkonen, Traci Birge, Benjamin Fuchs, Marjo Helander, Janne A. Ihalainen, Riitta Nissinen, Pere Puigb�. Toward an integrated understanding of how extreme polar light regimes, hybridization, and light-sensitive microbes shape global biodiversity. One Earth, 2024; 7 (9): 1529 DOI: 10.1016/j.oneear.2024.08.002
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