Ascensão meteórica de candidato na Venezuela resulta em exílio forçado

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Por Bia Chacu
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Pôr do sol sobre a paisagem urbana venezuelana com bandeiras.

São PauloEdmundo González ganhou destaque na política venezuelana pouco antes de precisar deixar o país. Em abril, mais de 10 partidos de oposição se uniram em torno dele, transformando-o de um diplomata aposentado desconhecido em uma figura pública notória. Muitos venezuelanos esperavam que ele pudesse pôr fim a mais de 20 anos de governo de um único partido sob Nicolás Maduro.

González rapidamente conquistou apoio ao se aliar a María Corina Machado, uma líder de oposição bem conhecida. Eles percorreram a Venezuela, discursando para grandes multidões descontentes com o governo de Maduro. Suas mensagens claras e firmes tiveram um impacto especial nas regiões que enfrentavam dificuldades econômicas. Em um comício em La Victoria, González falou sobre um futuro onde serviços básicos como eletricidade e água fossem confiáveis, e as pessoas não precisassem se preocupar com a desvalorização do seu dinheiro. Essa visão esperançosa contrastava fortemente com a realidade vivida por muitos venezuelanos.

Fatores cruciais para a popularidade de González incluíram:

  • Carisma e habilidade em falar em público.
  • Aliança com figuras conhecidas da oposição.
  • Promessas de melhorias nos serviços básicos.
  • Planos de recuperação econômica.

O Conselho Nacional Eleitoral declarou a vitória de Maduro, mas a oposição apontou diversas irregularidades na votação. Eles tinham provas de que González na verdade recebeu mais votos. Os resultados foram criticados globalmente, e até alguns apoiadores de Maduro, que geralmente estão do seu lado, pediram transparência ao solicitar a divulgação detalhada dos resultados de todas as urnas eletrônicas.

Após as eleições, o governo de Maduro agiu com severidade. Mais de 2.000 apoiadores da oposição foram presos, e as forças de segurança resultaram na morte de pelo menos 24 pessoas. Por causa disso, tanto González quanto Machado se esconderam. Machado ainda aparecia em comícios de vez em quando, mas González se manteve longe dos olhos do público para garantir sua segurança.

Machado assegurou aos apoiadores que González retornaria até dia 10 de janeiro para a posse presidencial. Ela destacou as ameaças contra González, como chantagens e pressões, evidenciando os metodologias rigorosas empregadas pelo regime.

González atuou como diplomata nos EUA, Bélgica, El Salvador e Argélia, onde aprimorou sua habilidade em lidar com situações políticas complicadas. Seu último grande cargo foi como embaixador na Argentina, nos primeiros anos do governo de Hugo Chávez. As experiências em países como El Salvador e Argélia lhe conferiram uma força notável, reconhecida por aqueles que tentaram intimidá-lo ao longo de sua carreira.

A vasta experiência de González em diplomacia internacional e sua atuação como consultor em relações internacionais moldaram sua compreensão do complexo cenário político da Venezuela. Seu estudo sobre o ministro das Relações Exteriores da Venezuela durante a Segunda Guerra Mundial também evidencia seu profundo conhecimento sobre a política do país.

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