Coreia do Sul desconfia de míssil com múltiplas ogivas da Coreia do Norte

São PauloCoreia do Norte alega teste de míssil com múltiplas ogivas; Coreia do Sul contradiz

A Coreia do Norte anunciou ter realizado um teste com um míssil contendo várias ogivas, mas a Coreia do Sul negou a veracidade do teste. O míssil norte-coreano explodiu pouco após o lançamento, e destroços caíram no mar ao largo da costa leste.

O Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul relatou que o míssil pareceu falhar. Eles notaram uma quantidade maior de fumaça que o normal, o que sugere um possível problema de combustão ou no motor.

Forças Armadas sul-coreanas observam detalhes sobre míssil norte-coreano

As Forças Armadas da Coreia do Sul observaram alguns detalhes:

• O míssil parecia ser um ICBM de combustível líquido Hwasong-17.
• Ele era similar ao testado pela Coreia do Norte em março de 2023.
• Não havia provas suficientes de uma separação bem-sucedida de múltiplas ogivas.

Um dos objetivos de Kim Jong Un é desenvolver um míssil com múltiplas ogivas. Ele mencionou isso em uma reunião partidária em 2021. Outros itens em sua lista incluem:

• Satélites espiões
• ICBMs de combustível sólido
• Armas hipersônicas
• Mísseis nucleares lançados por submarinos

Coreia do Norte Aumenta Testes de Armamentos, Diz Especialista

Desde então, a Coreia do Norte vem realizando testes de novas armas. Ankit Panda, do Carnegie Endowment for International Peace, afirmou que o teste provavelmente foi uma verificação inicial de componentes cruciais. Ele acredita que novos testes ocorrerão antes de um lançamento em grande escala. Panda também comentou que a Coreia do Sul pode ter interpretado o teste de forma equivocada inicialmente.

Segundo o especialista Lee Choon Geun, a Coreia do Norte deverá continuar realizando mais testes para aprimorar a separação, o controle de guiagem e outras partes essenciais. Chang Young-keun, especialista em mísseis do Instituto de Pesquisa Estratégica Nacional da Coreia, declarou que o teste recente não demonstra que a Coreia do Norte dominou a tecnologia MIRV para ICBMs. Ele ressalta que não há informações suficientes para confirmar se os mísseis reentraram na atmosfera com sucesso ou atingiram os alvos com precisão.

Ankit Panda observou que havia um engodo no teste, o que poderia ajudar a Coreia do Norte a superar as defesas antimísseis dos EUA. No entanto, os militares sul-coreanos não têm certeza se a Coreia do Norte possui a capacidade de criar esses engodos.

Coreia do Norte testa míssil em resposta à presença de porta-aviões americano

A Coreia do Norte realizou um teste de míssil como reação à presença de um porta-aviões dos EUA. O porta-aviões estava participando de um treinamento conjunto com a Coreia do Sul e o Japão. O Vice-Ministro da Defesa, Kim Kang Il, classificou essas ações como "imprudentes".

Três países iniciaram um exercício militar chamado "Freedom Edge" na quinta-feira. Com duração de três dias, o treinamento conta com destróieres, jatos de combate, helicópteros e o porta-aviões USS Theodore Roosevelt. As manobras se concentrarão em defesa contra mísseis, operações antissubmarino e exercícios de interdição marítima.

Balões com Lixo Enviados pela Coreia do Norte

Recentemente, a Coreia do Norte enviou balões com lixo para a Coreia do Sul como retaliação ao envio de folhetos políticos por ativistas sul-coreanos em balões. Em resposta, no dia 9 de junho, a Coreia do Sul utilizou alto-falantes na fronteira para transmitir mensagens. O país afirmou que usará os alto-falantes novamente se a Coreia do Norte continuar enviando balões com lixo.

Na semana passada, houve preocupações sobre um acordo entre Kim Jong Un e o presidente russo Vladimir Putin. Eles decidiram ajudar um ao outro em caso de ataque e trabalhar de forma mais próxima. Especialistas afirmam que este acordo aproxima os dois países como nunca desde a Guerra Fria.

Lee, um especialista, afirmou que o progresso da Coreia do Norte no desenvolvimento de armas com múltiplas ogivas depende da ajuda da Rússia. No entanto, os militares sul-coreanos declararam que não há evidências de que a Rússia esteja auxiliando a Coreia do Norte com essa tecnologia.