Cientistas da UC Irvine criam material que muda de cor para medir nanotemperatura

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Por Chi Silva
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"Material que muda de cor indicando variações de temperatura em nanoescala."

São PauloCientistas da UC Irvine desenvolveram um material minúsculo que muda de cor conforme a temperatura. Essa inovação permite medições de temperatura precisas em escalas muito pequenas, o que é crucial tanto para aplicações biológicas quanto industriais.

Aqui estão alguns pontos principais:

  • O material muda de cor de amarelo para vermelho-alaranjado conforme a temperatura varia de -190°C a 200°C.
  • O material é mais sensível do que os termômetros ópticos atualmente utilizados na indústria.
  • Aplicações potenciais incluem a medição de temperaturas em microeletrônica e células biológicas.

Maxx Arguilla, professor de química na UC Irvine, afirmou que o novo material é fruto de pesquisas sobre como o calor afeta os cristais. Quando moldados em forma espiral, os cientistas descobriram que esses cristais podiam mudar de cor conforme a temperatura.

Este pequeno termômetro pode ser extremamente útil em várias áreas. Na biologia, a medição precisa da temperatura nos ajuda a entender o funcionamento das células. As células reagem a mínimas mudanças de temperatura, e essa informação pode ser crucial em exames e tratamentos médicos. Monitorar essas variações térmicas dentro de uma única célula pode abrir caminho para novas abordagens na medicina.

Gerenciamento de temperatura crucial na indústria de semicondutores com novos termômetros

Controlar a temperatura é essencial na indústria de semicondutores para garantir o bom funcionamento das peças eletrônicas. Esses novos termômetros minúsculos podem melhorar significativamente o controle de temperatura em microchips e dispositivos de armazenamento. Os termômetros ópticos atuais são menos sensíveis, tornando o novo material extremamente útil.

Cientistas estão utilizando fita adesiva para coletar material, demonstrando sua criatividade. Esse processo simples permite que movam pequenos termômetros para diferentes superfícies. Essa versatilidade torna o novo material útil para diversas aplicações.

A equipe de Arguilla pretende estudar outros materiais diminutos para desenvolver termômetros mais sensíveis. Seu objetivo é medir com precisão uma gama mais ampla de temperaturas, o que pode ser benéfico tanto para a ciência quanto para a indústria.

A descoberta pode resultar em novos tipos de materiais projetados para faixas de temperatura específicas, melhorando as ferramentas que temos para medir a temperatura em diversas escalas, desde as maiores até as menores. Esta é uma importante conquista na ciência dos materiais e pode abrir caminho para muitos desenvolvimentos futuros.

O estudo, financiado pela Fundação Nacional de Ciência, contou com a participação de vários cientistas que mediram e testaram a estabilidade e o desempenho do material. Esse esforço conjunto demonstra a importância de reunir especialistas de diferentes áreas para avançar nas descobertas científicas.

O estudo é publicado aqui:

http://dx.doi.org/10.1002/adma.202470162

e sua citação oficial - incluindo autores e revista - é

Dmitri Leo Mesoza Cordova, Yinong Zhou, Griffin M. Milligan, Leo Cheng, Tyler Kerr, Joseph Ziller, Ruqian Wu, Maxx Q. Arguilla. Sensitive Thermochromic Behavior of InSeI, a Highly Anisotropic and Tubular 1D van der Waals Crystal (Adv. Mater. 21/2024). Advanced Materials, 2024; 36 (21) DOI: 10.1002/adma.202470162
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