Estudo revela perigos do pó do Grande Lago Salgado para a saúde dos moradores

Tempo de leitura: 2 minutos
Por João Silva
- em
Nuvem de poeira do Grande Lago Salgado com partículas poluentes.

São PauloPesquisas recentes mostram que a poeira do Grande Lago Salgado de Utah pode ser perigosa devido aos altos níveis de elementos reativos e biodisponíveis. Com a diminuição do lago, o solo exposto libera poeira que pode ser mais prejudicial do que outras fontes de poeira que afetam a qualidade do ar da Frente Wasatch. Um estudo recente publicado na revista Atmospheric Environment encontrou altos níveis de metais como arsênio, lítio e chumbo nessa poeira, sendo o chumbo especialmente arriscado para o desenvolvimento infantil.

Pesquisadores da Universidade de Utah analisaram amostras de sedimentos do Grande Lago Salgado e descobriram níveis preocupantes de substâncias químicas.

  • Manganês
  • Ferro
  • Cobre
  • Alumínio

Metais como manganês, ferro e cobre podem irritar os pulmões e causar inflamações. Isso é especialmente preocupante para os moradores, em particular aqueles de bairros desfavorecidos que são mais impactados por essa poeira, conforme destacado em um estudo da professora de sociologia Sara Grineski.

O Lago Salgado Coleta Metais - Poeira Tóxica Ameaça a Saúde Respiratória

O Grande Lago Salgado acumula metais provenientes de fontes naturais e atividades humanas. Quando a poeira do lago se dispersa no ar, pode causar problemas respiratórios como asma. Testes indicam que os níveis de alguns metais nessa poeira são maiores do que os considerados seguros para o solo residencial pela Agência de Proteção Ambiental dos EUA.

Em um novo estudo conduzido pelo biólogo Michael Werner, os pesquisadores descobriram que, embora os níveis de chumbo e zinco tenham diminuído, os níveis de mercúrio subiram inesperadamente. Essa mudança está ligada ao histórico de mineração da região e levanta novas preocupações sobre como diferentes poluentes estão afetando a toxicidade geral do leito do lago.

Fortes ventos vindos do sudoeste levam poeira para os condados do norte por várias horas antes de se moverem para o sul. Ainda não compreendemos totalmente quanto dessa poeira chega às áreas povoadas, pois não há dispositivos de monitoramento suficientes a sotavento do lago. Resolver essa questão poderia nos fornecer informações mais precisas sobre os níveis de poeira a que as comunidades locais são expostas.

A equipe de Kerry Kelly investigou o impacto das partículas do Great Salt Lake nas células pulmonares. Descobriram que essa poeira contém altos níveis de metais facilmente absorvíveis e é mais reativa do que o previsto, o que pode ser prejudicial à saúde.

Liberação constante de poeira exige monitoramento contínuo

A liberação constante de poeira deixa claro que precisamos urgentemente de observação constante e pesquisa minuciosa. Devemos focar em criar maneiras mais eficazes de reduzir a poeira, como aprimorar a camada dura natural no leito do lago seco para evitar a perturbação do solo e diminuir as chances de poluição por poeira.

O estudo é publicado aqui:

http://dx.doi.org/10.1016/j.atmosenv.2024.120728

e sua citação oficial - incluindo autores e revista - é

Reuben Attah, Kamaljeet Kaur, Kevin D. Perry, Diego P. Fernandez, Kerry E. Kelly. Assessing the oxidative potential of dust from great salt Lake. Atmospheric Environment, 2024; 336: 120728 DOI: 10.1016/j.atmosenv.2024.120728
Ciência: Últimas notícias
Leia mais:

Compartilhar este artigo

Comentários (0)

Publicar um comentário