Novo método de espectrometria revela todo o proteoma sem alterar amostras biológicas

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Por Chi Silva
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Gráfico colorido de espectrometria de massa representando análise de proteínas.

São PauloPesquisadores do Caltech inovam na espectrometria de massa de impressões digitais com uma nova abordagem. Esta técnica pode transformar o estudo de todos os tipos de proteínas em um organismo. Utilizando aprendizado de máquina e dispositivos extremamente pequenos, os cientistas agora conseguem medir com mais precisão a massa de partículas e moléculas, chegando ao nível de uma única molécula.

Essa tecnologia possui um potencial significativo. Anteriormente, a espectrometria de massa exigia que as amostras fossem ionizadas, o que poderia alterar amostras biológicas. A nova abordagem não requer esse processo, permitindo que proteínas sejam estudadas em seu estado natural. Esse avanço busca resolver problemas já existentes.

  • Preservando a integridade das amostras ao evitar sua ionização.
  • Identificando complexos proteicos grandes sem dividi-los em fragmentos menores.
  • Permitindo a análise em tempo real e de alto rendimento de milhões de proteínas.

Os cientistas aplicaram um método inovador em dispositivos pequenos e complexos chamados sistemas nanoeletromecânicos (NEMS). Esta técnica se destaca porque não exige conhecimento detalhado sobre as formas desses dispositivos. Isso permite a utilização de diferentes dispositivos avançados que conseguem medir vibrações de forma mais precisa e por períodos prolongados.

Equipe de pesquisa desenvolve método inovador para estudar complexos proteicos grandes sem fragmentá-los

A equipe de pesquisa implementou um novo método para medir partículas individuais de GroEL, uma proteína que auxilia no dobramento de outras proteínas. Esta abordagem permite que cientistas estudem complexos proteicos grandes sem a necessidade de quebrá-los em partes menores, evitando assim a perda de informações estruturais importantes. A espectrometria de massa tradicional tem dificuldades ao analisar estes grandes complexos, tornando essa nova técnica mais eficaz.

Essa tecnologia consegue identificar cada partícula de proteína ao criar um perfil exclusivo para cada uma. Ao comparar esses perfis com um banco de dados já existente, os pesquisadores podem determinar facilmente as massas de partículas desconhecidas. Esse método é mais simples e aprimora tanto a precisão quanto a eficiência, sem a necessidade de preocupar-se com a localização das partículas no aparelho.

Avanço Revolucionário no Estudo de Proteínas

Este avanço representa um capítulo significativo no estudo das proteínas. Ele nos ajuda a compreender como essas moléculas interagem, possibilitando o aceleramento de novas descobertas na biologia e medicina. Através da espectrometria de massa de uma única molécula nativa, podemos aprofundar nosso conhecimento sobre o funcionamento celular, o surgimento de doenças e possíveis tratamentos.

O estudo é publicado aqui:

http://dx.doi.org/10.1038/s41467-024-51733-8

e sua citação oficial - incluindo autores e revista - é

John E. Sader, Alfredo Gomez, Adam P. Neumann, Alex Nunn, Michael L. Roukes. Data-driven fingerprint nanoelectromechanical mass spectrometry. Nature Communications, 2024; 15 (1) DOI: 10.1038/s41467-024-51733-8
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