Novo estudo revela segredos da regeneração de vermes marinhos e suas implicações médicas

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Por João Silva
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Verme marinho regenerando com células intestinais destacadas e coloridas.

São PauloO verme marinho Platynereis dumerilii consegue regenerar rapidamente suas partes do corpo em poucos dias após ser ferido ou perdê-las. Cientistas do Institut Jacques Monod, liderados por um pesquisador do CNRS, descobriram detalhes importantes sobre como esse verme regenera sua cauda.

Pontos principais do estudo:

  • As células intestinais ajudam na regeneração do intestino do verme e de outros tecidos, como músculos e epiderme.
  • A capacidade de regeneração dessas células varia conforme a localização no corpo.
  • Células mais próximas ao final posterior do verme têm maior potencial para regenerar uma variedade maior de tipos celulares.
  • As células intestinais não conseguem regenerar células do sistema nervoso nem da zona de crescimento do verme.

Cientistas estudaram a regeneração de vermes observando as células intestinais e as células em crescimento próximas à cauda cortada. Eles acompanharam o movimento e as mudanças das células usando esferas fluorescentes ingeridas pelos vermes. Descobriram que, embora as células intestinais pudessem se regenerar de várias maneiras, essa habilidade dependia de sua localização no corpo do verme.

Esta descoberta é de grande importância. Ela nos ajuda a entender melhor como as células se regeneram, especialmente em vermes segmentados chamados anelídeos. Embora esses vermes não fossem muito estudados até recentemente, eles agora fornecem informações valiosas sobre como a regeneração funciona. Além disso, o fato de que células do intestino podem regenerar diferentes tipos de tecidos dependendo de sua localização pode levar a novos avanços na medicina e biologia.

Os pesquisadores descobriram que as células intestinais podem regenerar vários tipos de tecido, mas não são capazes de regenerar células do sistema nervoso ou as células da zona de crescimento. A zona de crescimento é um anel de células-tronco que o verme precisa para continuar crescendo até alcançar a maturidade sexual.

Os pesquisadores descobriram que as células intestinais têm uma capacidade limitada de regeneração. Agora, eles querem investigar se outros tipos de células nesse verme marinho também podem transformar-se em diferentes tipos celulares.

Um novo estudo, que será publicado na revista Development em 2 de julho, representa um grande avanço na compreensão de como a regeneração pode variar com base em tipos de células e localização. O estudo enfatiza a importância de pesquisar organismos menos conhecidos, como o Platynereis dumerilii, para descobrir os mecanismos da regeneração.

Esta pesquisa contribui para compreender como diferentes organismos regeneram seus corpos. Ao investigar esses processos, cientistas buscam encontrar melhores maneiras de reparar tecidos e órgãos humanos. O estudo de vermes marinhos pode eventualmente levar a novos métodos para a cura em humanos.

O estudo é publicado aqui:

http://dx.doi.org/10.1242/dev.202452

e sua citação oficial - incluindo autores e revista - é

Loïc Bideau, Zoé Velasquillo-Ramirez, Loeiza Baduel, Marianne Basso, Pascale Gilardi-Hebenstreit, Vanessa Ribes, Michel Vervoort, Eve Gazave. Variations in cell plasticity and proliferation underlie distinct modes of regeneration along the antero-posterior axis in the annelid Platynereis. Development, 2024; 151 (20) DOI: 10.1242/dev.202452
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