Oli assume após Dahal perder apoio e sair do governo

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Por Ana Silva
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Câmara do Parlamento com assento vazio do Primeiro-Ministro.

São PauloPrimeiro-ministro do Nepal renuncia após perder voto de confiança no parlamento

O Primeiro-ministro do Nepal, Pushpa Kamal Dahal, conhecido também como Prachanda, renunciou após perder um voto de confiança crucial no parlamento. Seu principal apoiador, o Partido Comunista do Nepal (Marxista-Leninista Unificado), retirou seu apoio e se uniu ao Congresso Nepalês, o maior partido do país. Esta nova coalizão anunciou que Khadga Prasad Oli, líder do partido comunista, será o novo primeiro-ministro.

O que levou à situação:

  • Dahal passou por várias moções de confiança desde que se tornou primeiro-ministro em dezembro de 2022.
  • O Congresso Nepali ofereceu a posição de primeiro-ministro a Oli, resultando na divisão.
  • A mudança na aliança busca trazer estabilidade política ao Nepal.

Dahal não enfrentava grandes problemas com seu parceiro de coalizão. Contudo, Oli viu uma oportunidade de se aliar ao Congresso Nepalês e assumir o governo. Esse movimento fez com que o governo de Dahal desmoronasse. Segundo o analista político Dhruba Adhikary, essa mudança pode trazer a estabilidade política de que o Nepal tanto necessita.

Nepal tem trocado de governo com frequência, sendo Dahal o 13º primeiro-ministro em 16 anos. Esse padrão torna incerto o tempo de duração da nova aliança. Adhikary também enfatizou que a história do Nepal não oferece muitas esperanças para parcerias políticas estáveis. Essa preocupação é justificada, dado o cenário de constantes mudanças políticas no país.

Dahal enfrenta dificuldades para liderar um governo estável desde que assumiu o cargo. Após as eleições de 2022, seu partido ficou em terceiro lugar. Dahal formou uma coalizão, mas teve que buscar vários votos de confiança devido a desentendimentos dentro do grupo. Essa instabilidade constante tem dificultado a administração do governo.

Dahal, também conhecido como Prachanda, teve um papel central na insurgência maoísta no Nepal de 1996 a 2006, que resultou em mais de 17.000 mortes. Os maoístas cessaram a rebelião armada e entraram na política regular em 2006. O partido de Dahal venceu as eleições parlamentares de 2008 e ele se tornou primeiro-ministro. No entanto, ele renunciou um ano depois devido a divergências com o presidente.

Nepal enfrenta frequentes mudanças políticas que dificultam a criação e manutenção de políticas de longo prazo. Os líderes costumam focar em benefícios imediatos em vez de formar parcerias duradouras, o que resulta em instabilidade contínua. Com Oli agora no comando, há uma esperança cautelosa de melhoria. No entanto, devido ao passado do Nepal, não está claro se essa nova liderança terá sucesso ou enfrentará os mesmos problemas de conflito e instabilidade.

A esperança é que uma nova liderança possa trazer estabilidade ao Nepal, algo crucial para o crescimento econômico e progresso do país. No entanto, mudanças políticas frequentes e alianças de curto prazo representam um desafio. O futuro político do Nepal ainda é incerto.

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