Confronto eleitoral decisivo: reformista versus ex-negociador linha-dura no Irã

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Por Alex Morales
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Bandeira iraniana com símbolos contrastantes de mudança e tradição.

São PauloIrã realiza segundo turno das eleições presidenciais com um ex-negociador rigoroso enfrentando um deputado reformista. A televisão estatal exibiu pequenas filas de eleitores nas seções eleitorais espalhadas pelo país na sexta-feira, quando as votações começaram.

Desde a Revolução Islâmica de 1979, mulheres e defensores de grandes mudanças estão proibidos de votar. Não há observadores internacionais fiscalizando a eleição. A votação ocorre em meio a crescentes tensões no Oriente Médio devido ao conflito entre Israel e Hamas em Gaza. Em abril, o Irã atacou Israel diretamente por causa do conflito em Gaza. Milícias apoiadas por Teerã, como o Hezbollah no Líbano e os rebeldes Houthi no Iêmen, estão envolvidas e intensificaram seus ataques.

O Irã está enriquecendo urânio a níveis próximos aos necessários para armas nucleares. O país já possui quantidade suficiente do material para fabricar várias bombas, caso decida por isso. O acordo nuclear de 2015 com potências mundiais terminou em 2018, quando o então presidente Donald Trump retirou os EUA do pacto. Desde então, linhas-duras assumiram o governo iraniano.

Principais detalhes da eleição incluem:

  • Mulheres e defensores de mudanças radicais foram impedidos de votar.
  • Não houve supervisão internacional.
  • As urnas abriram às 8h locais.
  • Relatou-se um leve aumento no entusiasmo dos eleitores.

O Líder Supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei, de 85 anos, tem a palavra final sobre questões estatais, mas o presidente também pode influenciar as políticas do país em relação às nações ocidentais. O Ministro do Interior, Ahmad Vahidi, responsável pela eleição, confirmou que todas as seções eleitorais começaram a funcionar às 8h, horário local. Khamenei foi mostrado na televisão depositando um dos primeiros votos de sua casa.

Khamenei destacou que o entusiasmo das pessoas aumentou. Ele incentivou todos a votarem e escolherem o melhor candidato. Mencionou que aqueles que não votaram na semana passada não são necessariamente contra o sistema atual. Ele afirmou que especialistas em sociologia e política devem investigar as razões para a baixa participação.

Votação ocorre em meio a tensões crescentes no Oriente Médio. O conflito entre Israel e Hamas se intensificou com o ataque do Irã a Israel. Milícias apoiadas por Teerã, como o Hezbollah e os rebeldes Houthi, também estão envolvidas e aumentaram suas atividades.

O esforço do Irã para desenvolver tecnologia nuclear é motivo de grande preocupação. O país enriquece urânio a níveis próximos aos necessários para armas nucleares e possui quantidade suficiente para fabricar várias. O acordo nuclear de 2015, considerado um marco diplomático, desmoronou em 2018 quando os EUA se retiraram. Desde então, linha-dura assumiu o controle do governo.

Eleitores no Irã estão decidindo entre um ex-negociador rígido e um legislador mais aberto na segunda rodada destas eleições. O resultado determinará se o Irã seguirá uma abordagem confrontacional ou cooperativa com os países ocidentais. Independente de quem vença a presidência, Khamenei ainda terá um papel crucial na formulação da política externa iraniana.

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