Desafios ocultos no cuidado com a saúde mental

Tempo de leitura: 2 minutos
Por Alex Morales
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Peças de quebra-cabeça com símbolos médicos e cifrões.

São PauloUniversidade de Columbia destaca insuficiência de assistência para transtornos relacionados à esquizofrenia

Um estudo recente da Universidade de Columbia revelou que adultos com distúrbios relacionados à esquizofrenia não estão recebendo cuidados adequados de saúde mental. A pesquisa, publicada na revista Psychiatric Services in Advance, analisou as dificuldades enfrentadas por pessoas com condições como esquizofrenia, transtorno esquizoafetivo e transtorno esquizofreniforme. Esses indivíduos também frequentemente sofrem de depressão grave e problemas de uso de substâncias. No entanto, pouquíssimos recebem o tratamento necessário. O estudo mostrou que uma quantidade ínfima de pessoas estava tomando medicamentos antipsicóticos, apesar de terem seguro saúde.

Principais descobertas incluem:

  • 52% enfrentam episódios depressivos graves.
  • 23% consomem álcool, e 20% usam cannabis.
  • 17% sofrem de transtorno de estresse pós-traumático.
  • Altas taxas de ideação e tentativas de suicídio.

Desigualdade no Acesso a Cuidados de Saúde Mental: Um Problema Urgente

A maioria das pessoas pesquisadas possui plano de saúde, mas apenas cerca de 70% utilizou serviços de saúde mental no último ano. Isso evidencia uma lacuna entre ter cobertura e receber o atendimento adequado. Problemas sociais e econômicos, como a pobreza e o desemprego, agravam essa situação. Esse descompasso entre a necessidade e o acesso aos cuidados de saúde mental é uma questão crítica que precisa ser enfrentada.

Precisamos de maneiras novas e inovadoras para resolver problemas.

O estudo revela a necessidade de inovar nas soluções para os desafios existentes. Os atuais sistemas de atendimento e o bem-estar social não estão operando de maneira eficaz. É crucial desenvolver novos planos para facilitar o acesso e uso dos tratamentos. Esses planos poderiam incluir programas para ajudar as pessoas a encontrar empregos e a se integrar nas comunidades. Métodos como tratamento assertivo comunitário e cuidados especializados para a psicose precoce são eficazes, mas ainda são subutilizados.

A relação entre saúde mental e problemas sociais precisa de mais atenção. Abordar essas conexões pode melhorar a vida daqueles que sofrem. Educar famílias e comunidades sobre os sinais precoces e opções de tratamento pode aprimorar o cuidado. Além disso, o estigma em torno da esquizofrenia frequentemente impede que as pessoas busquem ajuda ou recebam o suporte adequado.

Os resultados do estudo incentivam governantes, profissionais de saúde e a sociedade a agirem. Ao adotar métodos comprovados e expandir os serviços de saúde mental, podemos melhorar significativamente a vida de pessoas com condições relacionadas à esquizofrenia.

O estudo é publicado aqui:

http://dx.doi.org/10.1176/appi.ps.20240138

e sua citação oficial - incluindo autores e revista - é

Natalie Bareis, Mark Edlund, Heather Ringeisen, Heidi Guyer, Lisa B. Dixon, Mark Olfson, Thomas E. Smith, Lydia Chwastiak, Maria Monroe-DeVita, Marvin Swartz, Jeffrey Swanson, Elizabeth Sinclair Hancq, Paul Geiger, Noah T. Kreski, T. Scott Stroup. Characterizing Schizophrenia Spectrum Disorders: Results of the U.S. Mental and Substance Use Disorders Prevalence Study. Psychiatric Services, 2024; DOI: 10.1176/appi.ps.20240138
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