Incêndios florestais aumentam emissões de CO₂ em 60%: novo estudo alerta para risco boreal

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Por Alex Morales
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Floresta em chamas com fumaça e chamas subindo.

São PauloTítulo: Incêndios Florestais Boreais Aumentam Emissões Globais de CO2

Um novo estudo revela que as emissões globais de dióxido de carbono (CO2) provenientes de incêndios florestais subiram 60% desde 2001. Pesquisadores da Universidade de East Anglia publicaram esses resultados na revista Science, destacando que os incêndios em regiões boreais do norte são os principais responsáveis. As emissões nessa área quase triplicaram desde 2000. Essa mudança ressalta como os padrões climáticos estão se alterando, com mais emissões agora vindas de florestas fora dos trópicos do que das tropicais. Diversos fatores contribuem para esse preocupante aumento.

Aumento das temperaturas em latitudes do norte, criando condições mais propícias para incêndios florestais. O crescimento da vegetação torna-se mais intenso, oferecendo mais combustível para os fogos. As ondas de calor e secas se tornam mais frequentes e intensas.

O estudo revela uma mudança preocupante nos locais onde ocorrem incêndios. Anteriormente, eles se concentravam principalmente em áreas tropicais. Agora, regiões fora dos trópicos estão mais ameaçadas. Essa mudança é significativa porque as florestas boreais armazenam grande quantidade de carbono, ajudam na absorção de CO2 e reduzem o aquecimento global.

Neste estudo, o uso de aprendizado de máquina foi crucial. Cientistas classificaram áreas florestais globais em 12 categorias para isolar os efeitos das mudanças climáticas de outros fatores, como o uso da terra. Essa abordagem nos ajuda a compreender melhor a situação e a elaborar estratégias mais eficazes para o manejo de incêndios florestais.

Os incêndios florestais estão se tornando mais frequentes, e precisamos agir antes que ocorram. Anteriormente, só tomávamos medidas após o início das chamas. Atualmente, estamos focados em prevenção. Algumas das formas de fazer isso incluem:

Áreas prioritárias de manejo florestal e construção de aceiros são definidas. Monitoramento ativo da produtividade das florestas é implementado. A gestão de material combustível é realizada para reduzir a severidade dos incêndios.

Esforços globais para diminuir as emissões são essenciais. O aumento dos incêndios florestais demonstra como a mudança climática está impactando o meio ambiente. Com a elevação das temperaturas, os desafios para as florestas se intensificam. Nações ao redor do mundo precisam se comprometer com a redução das emissões para evitar mais incêndios florestais.

Estudo aponta que, embora a atividade de incêndios tenha diminuído nas savanas tropicais, os incêndios florestais estão se tornando mais intensos e perigosos. Esses incêndios estão aumentando em regiões onde as florestas são vulneráveis, criando maiores riscos para as pessoas, a vida selvagem e as reservas de carbono. A pesquisa destaca a necessidade urgente de modificar nossa compreensão e abordagem em relação aos incêndios florestais como parte crucial do enfrentamento da crise climática.

O estudo é publicado aqui:

http://dx.doi.org/10.1126/science.adl5889

e sua citação oficial - incluindo autores e revista - é

Matthew W. Jones, Sander Veraverbeke, Niels Andela, Stefan H. Doerr, Crystal Kolden, Guilherme Mataveli, M. Lucrecia Pettinari, Corinne Le Quéré, Thais M. Rosan, Guido R. van der Werf, Dave van Wees, John T. Abatzoglou. Global rise in forest fire emissions linked to climate change in the extratropics. Science, 2024; 386 (6719) DOI: 10.1126/science.adl5889
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