DNA descobre parentesco em oficial da Franklin Expedition

Tempo de leitura: 2 minutos
Por Bia Chacu
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Paisagem gelada com restos de um naufrágio histórico.

São PauloCientistas identificaram os restos mortais de James Fitzjames, um oficial superior da fracassada Expedição Franklin de 1845, usando tecnologia de DNA. Este é um avanço importante para compreender a expedição, na qual 105 homens partiram para explorar o Ártico em busca da Passagem Noroeste. Utilizando análise de DNA e histórico familiar, Fitzjames é apenas o segundo membro da tripulação a ser identificado com precisão. Esta descoberta foi possível ao comparar seu DNA com o de um parente vivo, oferecendo novos insights sobre o trágico desfecho da expedição.

Aspectos importantes desta descoberta incluem:

  • A identificação foi possível graças a um perfil de alta qualidade do cromossomo Y e a uma correspondência encontrada em um descendente vivo.
  • Os restos de Fitzjames faziam parte de uma coleção de 451 ossos descobertos na Ilha King William, em Nunavut.
  • Essa identificação ocorre após a anterior, que reconheceu John Gregory, outro membro da tripulação, em 2021.

Expedição Franklin: Sobrevivência em Condições Extremas

A Expedição Franklin enfrentou condições extremamente difíceis, levando alguns membros da tripulação a recorrer ao consumo de carne humana para sobreviver. Registros históricos da década de 1850 e descobertas arqueológicas recentes revelam evidências desse ato, como marcas de corte nos ossos de Fitzjames e de outros. Naquela época, na Europa, isso era considerado muito errado, mas hoje temos uma compreensão melhor do canibalismo de sobrevivência em situações tão desesperadoras.

A descoberta dos restos mortais de James Fitzjames traz um aspecto pessoal a este evento histórico e nos leva a refletir sobre seu significado. A fracassada Expedição Franklin ilustra as rigorosas condições das explorações no Ártico e como elas desafiaram os limites humanos. Isso nos lembra da resistência e dos desafios enfrentados por esses exploradores. Além disso, demonstra como a tecnologia moderna de DNA pode ajudar a resolver mistérios antigos.

Esse avanço na junção entre ciência e história ressalta o esforço contínuo para desvendar toda a história da Expedição Franklin. Com o renovado interesse pela exploração do Ártico, essas descobertas oferecem lições valiosas sobre a resiliência humana, os instintos de sobrevivência e a determinação em explorar o desconhecido.

O estudo é publicado aqui:

http://dx.doi.org/10.1016/j.jasrep.2024.104748

e sua citação oficial - incluindo autores e revista - é

Douglas R. Stenton, Stephen Fratpietro, Robert W. Park. Identification of a senior officer from Sir John Franklin’s Northwest Passage expedition. Journal of Archaeological Science: Reports, 2024; 104748 DOI: 10.1016/j.jasrep.2024.104748
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