Mosaicos de Rupnik no santuário de Lourdes geram controvérsia

Por Ana Silva
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"Mosaicos controversos no Santuário de Lourdes sob os holofotes"

São PauloMosaicos do Artista Acusado de Abuso Permanecem no Santuário de Lourdes por Enquanto

Os mosaicos do artista Marko Ivan Rupnik continuarão no Santuário de Lourdes, apesar das acusações de abuso contra mulheres. Os jesuítas expulsaram Rupnik no ano passado após considerarem as alegações das mulheres como altamente credíveis. Algumas vítimas afirmam que os abusos ocorreram durante a criação das obras, que agora são um doloroso lembrete para elas.

Pontos principais a destacar:

  • Rupnik foi expulso pelos Jesuítas após denúncias de abuso consideradas credíveis.
  • Uma investigação canônica foi iniciada pelo Vaticano em outubro passado.
  • O Papa negou envolvimento significativo, mas confirmou a excomunhão de Rupnik.
  • A controvérsia persiste há anos devido à presença difundida dos mosaicos de Rupnik.

Em outubro, o Vaticano iniciou uma investigação sobre Rupnik devido à indignação popular pela falta de justiça para as vítimas. Surgiram também suspeitas de que jesuítas, incluindo o Papa Francisco, o teriam protegido. O Papa afirmou que não esteve profundamente envolvido, mas confirmou que Rupnik foi excomungado por usar a confissão para absolver uma mulher com quem teve relações sexuais.

Há dois anos, as pessoas discutem o destino dos mosaicos dele. Essas obras de arte estão espalhadas por locais importantes da Igreja Católica, como santuários, basílicas e outros pontos de destaque no mundo inteiro.

Semana passada, o chefe de comunicações do Vaticano defendeu o uso das obras de Rupnik no site do Vatican News. Isso levou o Cardeal Sean O'Malley, principal conselheiro do papa contra abusos, a tomar uma atitude. O'Malley enviou uma carta a todos os departamentos do Vaticano, pedindo que parassem de apresentar as obras de Rupnik. O argumento de O'Malley se baseava em dois pontos principais:

  1. Continuar promovendo a arte ignora a dor das vítimas.
  2. Poderia sugerir uma defesa de Rupnik.

Micas reconheceu esses problemas. Ele afirmou estar ciente de que os mosaicos dificultam as orações das vítimas em Lourdes. Ele mencionou que um grupo de estudo criado por ele no ano passado apresentou diferentes sugestões. Alguns membros disseram que retirar os mosaicos não ajudaria as vítimas e que removê-los seria um apoio à "cultura do cancelamento".

Algumas pessoas achavam que a igreja poderia se importar mais com objetos do que com pessoas. Elas temiam que o foco na arte ou no dinheiro pudesse distrair da ajuda às vítimas de abusos. Micas concordava que mais ações eram necessárias, mas ainda não havia decidido remover os mosaicos.

Mulheres Buscam Solução para Questão dos Mosaicos

Na semana passada, recomeçaram as discussões devido ao apoio à obra de Rupnik. Provavelmente, o debate continuará enquanto a igreja busca a melhor forma de lidar com essa questão delicada.

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