Trégua no Congo em risco: ajuda humanitária ameaçada, alertam ONGs

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Por Alex Morales
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Pôr do sol sobre uma vila congolesa devastada pela guerra.

São PauloA trégua no Congo será encerrada em uma semana. Grupos de ajuda humanitária estão preocupados, pois isso pode dificultar a assistência aos civis. A trégua tinha como objetivo permitir que as organizações de ajuda alcançassem os deslocados, mas ainda existem muitos problemas a serem resolvidos.

Situação Atual no Congo

O leste do Congo enfrenta a presença de mais de 120 grupos armados, dentre os quais o Movimento 23 de Março (M23) é o mais atuante. O M23 controla aproximadamente metade da província de Kivu do Norte. A violência tem se espalhado para outras regiões do país. Mais de 7 milhões de pessoas estão desabrigadas, a maioria concentrada no leste.

A região leste do Congo tem enfrentado conflitos há bastante tempo, com diversos grupos armados lutando pelo controle do ouro e outros recursos. O grupo M23, que antes dominava a cidade de Goma, agora controla cerca de metade da província de Kivu do Norte. Richard Moncrieff, diretor da região dos Grandes Lagos do Crisis Group, comentou sobre a situação, destacando que a violência e domínio desses grupos se espalharam amplamente.

Os conflitos forçaram mais de 7 milhões de pessoas a abandonarem suas casas, principalmente no leste do Congo. Mesmo quando a ajuda chega, os recursos são insuficientes. Isso torna a vida dos deslocados extremamente difícil.

As agências de ajuda e a comunidade internacional desperdiçaram uma oportunidade crucial. Tiveram uma semana de paz, mas não a aproveitaram bem. Pessoas como Mahoro e sua família estavam esperançosas, mas suas expectativas foram frustradas quando nenhuma ajuda chegou aos seus campos.

Outro desafio é não ter um plano para o fim do cessar-fogo e o que virá em seguida. Com apenas uma semana restando, o tempo está se esgotando. Precisamos de melhor coordenação e entrega mais rápida de ajuda. Se isso não ocorrer, o cessar-fogo será inútil. As agências precisam agir rapidamente para garantir que a assistência chegue às pessoas que mais necessitam.

Esta situação revela que as agências de ajuda podem não estar preparadas para crises. A realidade no terreno é bem diferente do que foi prometido. Precisamos de um plano melhor agora mais do que nunca. É necessária uma ação rápida para garantir que esta oportunidade não seja desperdiçada.

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