Ataque israelense a escola em Gaza mata 33 pessoas

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Por Bia Chacu
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Prédio escolar danificado pela explosão e fumaça subindo.

São PauloUm ataque de Israel resultou na morte de pelo menos 33 pessoas em uma escola em Gaza. Israel afirmou que o local era usado pelo Hamás. Inicialmente, o hospital informou que entre os mortos estavam nove mulheres e 14 crianças. Posteriormente, atualizou esses números para três mulheres, nove crianças e 21 homens. Não está claro o motivo da discrepância nos números. Um jornalista da The Associated Press contou os corpos, mas não conseguiu ver debaixo das mortalhas.

Informações sobre as vítimas

O ataque resultou em várias vítimas. Segue a lista dos atingidos:

  • Nove mulheres (dados iniciais)
  • 14 crianças (dados iniciais)
  • Três mulheres (dados do hospital)
  • Nove crianças (dados do hospital)
  • 21 homens (dados do hospital)

Outros ataques na região central de Gaza resultaram na morte de 15 pessoas, sendo quase todas homens.

Relatos dos Deslocados

Ayman Rashed foi obrigado a deixar a Cidade de Gaza e buscou refúgio em uma escola. Ele relatou que os mísseis atingiram os andares dois e três, onde estavam abrigadas várias famílias. Ayman ajudou a resgatar cinco corpos, incluindo um idoso e duas crianças.

As versões das Forças de Defesa de Israel sobre o incidente foram divulgadas.

O porta-voz do exército israelense, Daniel Hagari, afirmou que Israel realizou um ataque preciso baseado em informações específicas. De acordo com Hagari, militantes do Hamás estavam planejando e executando ataques a partir de três salas de aula. Apenas essas três salas foram alvo do ataque. Ele declarou que não havia mulheres nem crianças dentro do complexo do Hamás, nessas salas de aula.

Ele afirmou que havia cerca de 30 combatentes nas salas de aula. Confirmou a morte de nove e apresentou seus nomes e fotos. Ele não forneceu mais evidências para sustentar suas declarações.

Os hospitais em Gaza estão lotados.

As vítimas do ataque foram levadas ao hospital Mártires de Al-Aqsa em Deir al Balah. O hospital já estava lotado devido à chegada constante de ambulâncias desde o início da incursão em Gaza, há 24 horas. Omar al-Derawi, um fotógrafo do hospital, comentou que vídeos na internet mostravam vários feridos sendo atendidos no chão do hospital. O hospital ficou sem eletricidade porque a equipe está racionando o combustível do gerador.

“É impossível andar pelo hospital devido à enorme quantidade de pessoas. Nos corredores, há muitas mulheres das famílias das vítimas, chorando”, disse al-Derawi.

Histórico Contextual

A escola ficava em Nuseirat, um dos campos de refugiados na Faixa de Gaza desde a guerra de 1948, quando Israel foi fundado. Naquele conflito, muitos palestinos tiveram que deixar suas casas ou foram forçados a sair.

As imagens mostravam corpos cobertos por mantas ou sacos plásticos no pátio do hospital. Mohammed al-Kareem, um palestino que estava próximo ao hospital, relatou ter visto pessoas procurando seus entes queridos entre os corpos. Uma mulher pedia para abrir os sacos na esperança de encontrar seu filho.

“A situação está muito difícil”, afirmou al-Kareem.

Declarações da UNRWA

Philippe Lazzarini, chefe da UNRWA, afirmou em uma postagem na rede social X que 6.000 pessoas estavam abrigadas na escola quando ela foi atacada sem aviso prévio. Ele também mencionou que a UNRWA não conseguiu verificar as alegações de que havia grupos armados no local.

As escolas da UNRWA em Gaza têm servido como abrigos desde o início do conflito. A guerra forçou a maioria dos 2,3 milhões de palestinos que vivem na região a se deslocarem.

Ocorrências Recentes

Na semana passada, projéteis israelenses atingiram nas proximidades de uma instalação da UNRWA em Rafah. Segundo o exército israelense, os projéteis tinham como alvo combatentes. O bombardeio provocou um incêndio em tendas próximas que abrigavam famílias deslocadas e resultou na morte de pelo menos 45 pessoas.

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou que o incêndio foi resultado de um "acidente trágico". O exército sugeriu que o fogo pode ter sido causado por explosões secundárias. A causa ainda não foi determinada.

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