Governo Yunus remove proibição ao Jamaat-e-Islami para estabilidade
São PauloO governo interino de Bangladesh, liderado por Muhammad Yunus, revogou a proibição ao partido islamista Jamaat-e-Islami. A decisão gerou reações mistas no país. Yunus está adotando essa medida enquanto tenta restaurar a estabilidade política e enfrentar diversos problemas, como a baixa moral nas forças policiais e crises ambientais severas.
Principais fatores que influenciam essa decisão:
- A proibição foi inicialmente imposta pela ex-primeira-ministra Sheikh Hasina e foi criticada por ser supostamente motivada por razões políticas.
- Grupos de direitos humanos e partidos de oposição afirmam que a proibição foi uma manobra para desviar a atenção das acusações de violência estatal.
- O governo Yunus enfrenta um cenário político desestabilizado que exige diálogo político inclusivo.
O governo de Yunus enfrenta problemas políticos. O Conselheiro de Assuntos Jurídicos, Asif Nazrul, afirmou que Hasina baniu o Jamaat-e-Islami por motivos políticos e não por causa de suas crenças. Mirza Fakhrul Islam Alamgir, do Partido Nacionalista de Bangladesh, também criticou Hasina, dizendo que a proibição foi uma tentativa de desviar a atenção do público dos erros do governo, especialmente durante protestos violentos.
A recente suspensão da proibição é vital para o Bangladesh. A polícia e o governo enfrentam dificuldades após os ataques de manifestantes. A situação se agravou com uma inundação repentina nas regiões orientais, que deixou pelo menos 27 mortos e aumentou a pressão sobre os recursos governamentais.
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O mandato de Sheikh Hasina tem sido marcado por acusações de autoritarismo. Milhares de líderes da oposição foram presos antes das eleições de janeiro, facilitando sua reeleição. Organizações de direitos humanos frequentemente a criticam por usar forças de segurança e o sistema judicial para silenciar adversários políticos. Ela nega essas acusações, mas a proibição do Jamaat-e-Islami faz parte de sua estratégia mais ampla contra rivais políticos.
A história do Jamaat-e-Islami é complexa. Fundado em 1941 durante o domínio britânico, o partido se opôs à criação de Bangladesh em 1971. Durante a guerra de independência, apoiou o exército paquistanês com grupos paramilitares, resultando em muitas mortes e deslocamentos. Desde 2013, seus líderes têm enfrentado graves consequências, incluindo execuções por crimes de guerra. Jovens e grupos da sociedade civil têm exigido punições rigorosas pelos atos cometidos em 1971.
A decisão de Yunus de encerrar a proibição mostra uma iniciativa para incluir mais grupos na política e discutir questões importantes, especialmente em tempos de crise no país. Essa mudança pode ajudar a integrar o Jamaat-e-Islami na política dominante, mas também pode reavivar antigas tensões devido ao histórico do partido. O governo de Yunus precisa agir com muita cautela para manter a estabilidade.
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