Mulheres enfrentam máfia e arriscam vidas em Puglia, Itália

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Por João Silva
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Bens apreendidos da máfia com algemas e distintivo policial.

São PauloMulheres na região de Puglia, na Itália, estão confrontando a máfia local, Sacra Corona Unita (SCU). Essa máfia é menos conhecida do que a Cosa Nostra, a 'ndrangheta ou a Camorra, mas é muito eficaz em se infiltrar em negócios e no governo. Mulheres corajosas estão trabalhando para prender seus membros, investigar crimes e confiscar seus bens, mesmo sabendo dos riscos envolvidos.

Pontos-chave de seus esforços incluem:

  • Prisão e julgamento dos membros da SCU
  • Denúncia dos crimes cometidos pela máfia
  • Apreensão de empresas pertencentes à máfia
  • Mudança nas normas e atitudes culturais locais

Marilù Mastrogiovanni é uma jornalista investigativa que afirma ser essencial a coragem para essas mulheres. Elas enfrentam seus medos e continuam a trabalhar. Marilù escreve sobre a máfia e já recebeu ameaças devido às suas reportagens.

A SCU começou em 1981 na prisão de Lecce. Ela atua no combate a outros grupos mafiosos. Seu nome e cerimônias de iniciação têm conexões com a fé católica. O grupo tem cerca de 30 clãs e 5.000 membros. Eles estão principalmente envolvidos no tráfico de drogas, extorsão e infiltração na administração pública.

Carla Durante, chefe do escritório de Lecce da Direção Investigativa Antimáfia, diz que a SCU esconde seu dinheiro ilícito em negócios legais, frequentemente na indústria do turismo. A tomada de propriedades pertencentes à máfia tem sido eficaz em enfraquecer a SCU.

Sabrina Matrangola perdeu sua mãe para a máfia em 1984. Sua mãe era política e tentava combater o desenvolvimento ilegal. Hoje, Matrangola colabora com a organização Libera, transformando bens confiscados da máfia em projetos comunitários.

Essas mulheres estão em sério perigo. O trabalho do juiz Mariano resultou em 22 prisões. A promotora chefe Carmen Ruggiero quase foi atacada por um suspeito na prisão. Felizmente, um guarda encontrou a faca artesanal antes que pudesse ser usada.

Essas mulheres continuam fazendo seu trabalho enquanto se mantêm seguras. Mastrogiovanni mudou sua família por causa de ameaças. Mariano, a juíza, tem proteção policial o tempo todo. Além disso, ela escreve livros, poesias e peças de teatro para mudar as perspectivas locais e apoiar valores como dignidade e coragem. Recentemente, ela apresentou uma peça sobre a máfia no Teatro Apollo em Lecce.

O SCU acredita que as mulheres devem permanecer caladas, mas essas mulheres estão demonstrando que podem fazer a diferença. Elas estão fazendo grandes progressos no combate ao crime organizado em Puglia.

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