Supremo Tribunal obriga serviço militar de ultraortodoxos em Israel
São PauloCorte Suprema de Israel exige alistamento dos ultraortodoxos, criando pressão sobre Netanyahu
A Suprema Corte de Israel decidiu que os homens ultraortodoxos devem se alistar no serviço militar. Esta decisão pode gerar problemas para o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, visto que os ultraortodoxos apoiam seu governo. Se eles retirarem seu apoio, novas eleições poderão ser convocadas.
Grande parte dos homens e mulheres judeus devem ingressar no serviço militar aos 18 anos. Homens ultraortodoxos, contudo, são dispensados caso estejam estudando em escolas religiosas. Essa isenção tem gerado descontentamento em muitos, especialmente diante do crescente número de soldados mortos no conflito atual com o Hamas.
Israel e Hamas ainda não estão perto de um acordo para pôr fim ao conflito. O Primeiro-Ministro Netanyahu afirmou que só aceita um cessar-fogo parcial, o que vai contra um plano de paz apoiado pelos Estados Unidos. Além disso, alguns líderes israelenses sugerem que um confronto com o Hezbollah pode ser o próximo passo.
Pontos Principais:
- O Supremo Tribunal de Israel decretou que homens ultraortodoxos devem servir nas forças armadas.
- A coalizão de Netanyahu está em risco se os partidos ultraortodoxos se retirarem devido a essa mudança.
- Netanyahu rejeita um cessar-fogo total na guerra de Gaza.
- Há uma possível futura confrontação com o Hezbollah.
Israel deu início à guerra após um ataque do Hamas em 7 de outubro, que resultou na morte de cerca de 1.200 pessoas e no sequestro de aproximadamente 250 reféns. Desde então, os ataques terrestres e aéreos de Israel mataram mais de 37.600 pessoas em Gaza. O Ministério da Saúde de Gaza não distingue entre combatentes e civis em seu balanço.
Críticas de outros países aumentam. As Nações Unidas alertam para o possível risco de genocídio em Gaza. Israel nega essa acusação. As pessoas em Gaza estão famintas devido à falta de comida, medicamentos e bens básicos. A região depende completamente de ajuda humanitária.
Ataques aéreos israelenses matam pelo menos 21 em Gaza, incluindo mulheres e crianças
Bombardeios israelenses mataram ao menos 21 pessoas em Gaza na madrugada de terça-feira. Entre as vítimas estavam nove mulheres e sete crianças. Os ataques atingiram duas escolas usadas como abrigos e uma casa.
Oito membros de uma mesma família, incluindo cinco crianças, morreram em um ataque à escola Abdel-Fattah Hamoud. Esta informação foi confirmada pela Defesa Civil em Gaza. Entre as vítimas, estavam uma criança de 18 meses e uma mulher de 77 anos.
Um ataque à escola Asmaa no campo de refugiados de Shati resultou na morte de 11 pessoas, incluindo cinco mulheres e duas crianças. Outro bombardeio atingiu uma casa de família no bairro de Shijaiyah, vitimando duas mulheres.
O exército israelense declarou que combatentes do Hamas estavam dentro das escolas e se preparavam para atacar. Eles também mencionaram que esses combatentes tinham feito reféns israelenses.
A guerra em Gaza já dura nove meses. Soldados israelenses lutam contra combatentes palestinos em Rafah, no sul. Os ataques aéreos na Cidade de Gaza, no norte, se intensificaram, resultando em muitas mortes.
A coalizão de Netanyahu está sob pressão. Os partidos ultraortodoxos são veementemente contra o fim das isenções. Se saírem da coalizão, ela pode se desintegrar, levando a novas eleições.
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