Estudo liga antibióticos e antifúngicos ao risco de Parkinson via microbiota intestinal

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Por Alex Morales
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Conexão entre cérebro e intestino com medicamentos representando risco.

São PauloVínculo entre Bactérias Intestinais e Parkinson

Um estudo conduzido pela Rutgers Health encontrou uma associação entre bactérias intestinais e a doença de Parkinson. Ao analisarem mais de 93 mil prontuários médicos no Reino Unido, os pesquisadores estudaram os efeitos dos antibióticos e antifúngicos no risco de desenvolver Parkinson. Eles descobriram que as pessoas que tomaram várias doses de penicilina tinham 15% menos chance de desenvolver a doença, enquanto aquelas que usaram medicamentos antifúngicos apresentaram um risco 16% maior.

Bactérias intestinais podem influenciar a saúde cerebral, revelando a importância do microbioma. O mal de Parkinson é uma doença progressiva que afeta movimento e equilíbrio, impactando mais de 10 milhões de pessoas no mundo. Esta pesquisa abre novas possibilidades para compreender o início da doença e formas de prevenção.

Principais descobertas incluem:

  • Uso frequente de antibióticos à base de penicilina está associado a um risco reduzido de Parkinson.
  • Há um aumento no risco de Parkinson ligado ao uso frequente de medicamentos antifúngicos.
  • Existe uma relação complexa entre bactérias intestinais e saúde cerebral.

Especialistas estão considerando cada vez mais que a doença pode começar no intestino. Problemas como inflamação ou um intestino "permeável" podem permitir que substâncias nocivas afetem o cérebro por meio do nervo vago. Embora os vínculos encontrados não tenham sido muito fortes, este estudo ressalta a importância da conexão entre o intestino e o cérebro.

Estudo revela que os muitos micróbios em nosso intestino podem influenciar doenças neurológicas. A doença de Parkinson é geralmente associada a fatores genéticos e ambientais. No entanto, o microbioma também pode desempenhar um papel crucial. Pesquisas futuras poderiam identificar tipos específicos de micróbios que aumentam ou diminuem o risco de desenvolver a doença. Talvez seja possível modificar as bactérias intestinais para reduzir os efeitos do Parkinson.

Este estudo destaca como tratamentos médicos de curto prazo podem impactar a saúde a longo prazo. Alterar o microbioma intestinal, se eficaz, pode transformar o manejo ou até mesmo a prevenção da doença de Parkinson. Isso pode resultar em novas terapias focadas em bactérias intestinais, oferecendo esperança para muitas pessoas que enfrentam essa doença desafiadora.

O estudo é publicado aqui:

http://dx.doi.org/10.1016/j.parkreldis.2024.107081

e sua citação oficial - incluindo autores e revista - é

Gian Pal, Laura Bennett, Jason Roy, Abner Nyandege, M. Maral Mouradian, Tobias Gerhard, Daniel B. Horton. Effects of antimicrobial exposure on the risk of Parkinson's disease. Parkinsonism & Related Disorders, 2024; 127: 107081 DOI: 10.1016/j.parkreldis.2024.107081
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