Planeta habitável pode orbitar futuro Sol como anã branca

Tempo de leitura: 2 minutos
Por Bia Chacu
- em
Planeta semelhante à Terra orbitando uma anã branca brilhante.

São PauloAstrônomos da Universidade da Califórnia, em Berkeley, descobriram um sistema planetário distante a 4.000 anos-luz de nós. Esse sistema possui uma anã branca e um planeta com dimensões semelhantes às da Terra, orbitando a uma distância que é o dobro da órbita da Terra em torno do nosso sol. Essa descoberta ajuda os cientistas a entenderem como o nosso sol pode se transformar no futuro e como os planetas podem continuar existindo através dessas mudanças.

Conforme o nosso sol envelhece, ele se transformará em um gigante vermelho, uma fase em que suas camadas externas se expandirão e poderão engolir Mercúrio e Vênus. Durante esse período, o sol perderá massa, e os planetas restantes se afastarão para órbitas mais amplas. Eventualmente, o sol expulsará suas camadas externas, deixando um núcleo denso conhecido como anã branca. Esse processo sugere que a Terra possa, no futuro, ocupar uma posição semelhante a de um planeta distante estudado pela equipe de Berkeley.

Principais observações desta descoberta incluem:

  • Muitas estrelas passam por ciclos de vida que envolvem se tornarem gigantes vermelhas e, eventualmente, anãs brancas.
  • Teorias atuais apontam que os oceanos da Terra secarão devido a um efeito estufa descontrolado antes que o sol a absorva.
  • Microlentes são um método crucial para descobrir sistemas planetários que não podem ser vistos por meios tradicionais.

Um sistema estelar distante foi descoberto quando sua gravidade alterou a luz de outra estrela, indicando a possível presença de uma anã branca. Utilizando ópticas avançadas no Observatório Keck, os cientistas confirmaram que não havia estrela comum presente. Isso apoia a ideia de que este sistema pode refletir o futuro do nosso sistema solar.

Descoberta Revela Novos Horizontes para a Vida no Espaço

Essa descoberta oferece informações valiosas sobre onde a vida poderia existir no universo. Com o sol se transformando em uma gigante vermelha, regiões mais distantes da Terra podem se tornar habitáveis por um período. Luas como Europa e Encélado poderiam desenvolver condições propícias à vida, apresentando possíveis futuros lares para os humanos, à medida que a área onde a vida pode prosperar se expande.

Essa descoberta revela que os astrônomos têm diversas formas de estudar planetas fora do nosso sistema solar e as atividades nos sistemas estelares. Com o avanço da tecnologia, teremos mais oportunidades para observar diferentes fases do desenvolvimento de sistemas planetários, o que nos ajudará a entender melhor seu funcionamento e a possibilidade de vida em outras partes do universo.

O estudo é publicado aqui:

http://dx.doi.org/10.1038/s41550-024-02375-9

e sua citação oficial - incluindo autores e revista - é

Keming Zhang, Weicheng Zang, Kareem El-Badry, Jessica R. Lu, Joshua S. Bloom, Eric Agol, B. Scott Gaudi, Quinn Konopacky, Natalie LeBaron, Shude Mao, Sean Terry. An Earth-mass planet and a brown dwarf in orbit around a white dwarf. Nature Astronomy, 2024; DOI: 10.1038/s41550-024-02375-9
Ciência: Últimas notícias
Leia mais:

Compartilhar este artigo

Comentários (0)

Publicar um comentário