Pesquisa: remédio para diabetes pode prevenir demência e Parkinson

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Por Chi Silva
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Pílulas com fundo de gráficos de cérebro e ondas cerebrais.

São PauloPesquisadores da Faculdade de Medicina da Universidade Yonsei, na Coreia do Sul, descobriram que medicamentos para diabetes do tipo inibidores da cotransportadora sódio-glicose-2 (SGLT2), também conhecidos como gliflozinas, podem reduzir o risco de doenças como demência e Parkinson em pessoas com diabetes tipo 2. O estudo analisou pacientes que começaram a usar esses medicamentos entre 2014 e 2019. Essas descobertas são relevantes, já que mais pessoas estão desenvolvendo essas doenças à medida que envelhecem.

Pesquisadores compararam pacientes que usavam inibidores de SGLT2 com aqueles que tomavam outros medicamentos orais para diabetes. Eles consideraram fatores como idade e condições de saúde pré-existentes. Ao longo de vários anos, observaram a incidência de demência e doença de Parkinson. Os dados mostraram que as pessoas usando inibidores de SGLT2 apresentaram uma menor taxa dessas doenças.

Principais descobertas do estudo incluem:

Eficácia dos Inibidores de SGLT2 em Doenças Neurodegenerativas

Os usuários de inibidores de SGLT2 apresentam uma taxa de incidência de Alzheimer de 39,7 casos por 10 mil pessoas-ano, em contraste com 63,7 em usuários de outros medicamentos para diabetes. No caso da demência vascular, a incidência é de 10,6 contra 18,7 por 10 mil pessoas-ano. Para o Parkinson, a taxa é de 9,3 contra 13,7 casos para outros tratamentos. Dados ajustados sugerem uma redução de risco de 20% para Alzheimer e Parkinson, e de 30% para demência vascular em pessoas que usam inibidores de SGLT2.

Para compreender esses achados, é necessário analisar como os medicamentos para diabetes podem influenciar a saúde cerebral. O diabetes pode causar problemas de memória e cognição porque afeta os vasos sanguíneos e o funcionamento do cérebro. Os inibidores de SGLT2 reduzem os níveis de açúcar no sangue, mas também podem oferecer proteção contra doenças cerebrais de maneiras que ainda não entendemos completamente. Isso indica que mais pesquisas são necessárias para descobrir como o tratamento do diabetes pode proporcionar outros benefícios à saúde.

Efeitos Futuros e Necessidades de Estudo

Os efeitos futuros de nossas ações atuais são complexos e exigem uma análise cuidadosa. É fundamental compreender as demandas de novos estudos para mitigar impactos negativos e potencializar os benefícios. A pesquisa contínua e a adaptação de estratégias são essenciais para enfrentar desafios futuros de forma eficaz e sustentável.

Este estudo é relevante pois o número de casos de demência e doença de Parkinson aumenta com o envelhecimento da população, especialmente entre aqueles com diabetes. Se os inibidores de SGLT2 puderem proteger o cérebro, os médicos poderão usá-los não apenas para controlar o açúcar no sangue, mas também para promover a saúde cerebral. No entanto, os pesquisadores destacam que são necessários mais estudos de longo prazo para confirmar esses resultados iniciais e verificar se algum participante desenvolverá essas condições futuramente.

Monitorar regularmente a saúde cognitiva de pacientes diabéticos que utilizam inibidores de SGLT2 pode fornecer informações valiosas. Além disso, compreender os mecanismos biológicos por trás desses resultados pode levar a novos tratamentos que abordem tanto o diabetes quanto a proteção cerebral. À medida que os pesquisadores continuam a estudar essas doenças, essa pesquisa oferece novas esperanças para o tratamento do diabetes e incentiva esforços conjuntos entre diferentes áreas.

O estudo é publicado aqui:

http://dx.doi.org/10.1212/WNL.0000000000209805

e sua citação oficial - incluindo autores e revista - é

Hae Kyung Kim, Geert Jan Biessels, Min Heui Yu, Namki Hong, Yong-ho Lee, Byung-Wan Lee, Eun Seok Kang, Bong-Soo Cha, Eun Jig Lee, Minyoung Lee. SGLT2 Inhibitor Use and Risk of Dementia and Parkinson Disease Among Patients With Type 2 Diabetes. Neurology, 2024; 103 (8) DOI: 10.1212/WNL.0000000000209805
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