Tropas sul-coreanas disparam tiros após soldados norte-coreanos cruzarem fronteira

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Por Alex Morales
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Soldados patrulham a fronteira com arame farpado e placas de aviso.

São PauloSoldados sul-coreanos dispararam tiros de advertência quando soldados norte-coreanos atravessaram a fronteira com ferramentas de construção. Alguns dos soldados norte-coreanos estavam armados, mas recuaram após a ação da Coreia do Sul. O Estado-Maior Conjunto confirmou o ocorrido e relatou que não houve outras atividades suspeitas. Eles acreditam que os soldados norte-coreanos não cruzaram a fronteira intencionalmente, já que a sinalização na área florestal é pouco clara.

Lee Sung Joon, o porta-voz do Estado-Maior Conjunto, falou com os jornalistas, mas não forneceu muitos detalhes. Entretanto, a mídia sul-coreana informou que cerca de 20 a 30 soldados norte-coreanos entraram na Coreia do Sul, cruzando aproximadamente 50 metros, provavelmente por engano. A maioria deles portava picaretas e ferramentas de construção.

Pontos principais:

  • Soldados norte-coreanos cruzaram a fronteira com ferramentas de construção.
  • Tropas sul-coreanas dispararam tiros de advertência.
  • Os norte-coreanos retornaram ao seu território.
  • Estimativa de 20 a 30 soldados envolvidos.

A DMZ é a fronteira mais fortemente armada no mundo. Ela tem 248 quilômetros de comprimento e 4 quilômetros de largura. Aproximadamente 2 milhões de minas estão dentro e ao redor da fronteira. Cercas de arame farpado, armadilhas para tanques e soldados a guardam de ambos os lados. Este cenário está em vigor desde a Guerra da Coreia, que terminou com um armistício, não com um tratado de paz.

No domingo, a Coreia do Sul reativou os alto-falantes para transmitir mensagens contra a Coreia do Norte. Isso ocorreu porque a Coreia do Norte enviou balões cheios de esterco e lixo sobre a fronteira. A Coreia do Sul afirmou que a Coreia do Norte instalou seus próprios alto-falantes na fronteira, mas ainda não os utilizou.

A Coreia do Norte afirma que enviou balões porque ativistas sul-coreanos fizeram o mesmo. Esses ativistas enviaram balões com folhetos, pendrives com músicas de K-pop, programas de TV sul-coreanos e outros itens. A Coreia do Norte não tolera críticas externas. A maioria de seus 26 milhões de habitantes não tem permissão para acessar notícias estrangeiras.

Na noite de domingo, Kim Yo Jong, irmã do líder norte-coreano Kim Jong Un e uma alta funcionária do governo, alertou a Coreia do Sul. Ela afirmou que haverá "uma nova resposta" se a Coreia do Sul continuar utilizando alto-falantes e enviando panfletos com balões. Essa questão tem intensificado as já elevadas tensões entre os dois países.

As discussões sobre o programa nuclear da Coreia do Norte não têm avançado há muito tempo. Ações de ambos os lados continuam aumentando a tensão. O problema permanece sem solução, sem uma saída clara à vista.

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