O papel das redes sociais na explosão de drogas falsificadas
São PauloNos últimos cinco anos, as overdoses de fentanil se tornaram um grande problema, especialmente entre os jovens. Apesar de o uso geral de drogas ter diminuído um pouco, as pílulas falsificadas ficaram mais fáceis de obter, principalmente devido às redes sociais. Aqui estão os principais pontos:
- Contaminação por fentanil: De acordo com a DEA, seis em cada dez pílulas adulteradas com fentanil contêm doses potencialmente letais.
- Envolvimento das redes sociais: Plataformas como Snapchat, TikTok, Instagram e Telegram facilitam o acesso a essas substâncias perigosas.
- Esforços das empresas: Gigantes da tecnologia afirmam estar combatendo o problema, mas enfrentam dificuldades devido às estratégias em constante evolução dos traficantes.
- Medidas políticas: Aumenta a pressão por regulamentações e legislações para responsabilizar essas plataformas.
Comprar pílulas falsificadas online é extremamente perigoso. Adolescentes conseguem acessar esses medicamentos facilmente, sem precisar de traficantes de rua. Eles geralmente acreditam estar adquirindo remédios legítimos, como Percocet ou Xanax. No entanto, muitas vezes essas pílulas contêm fentanil, uma substância extremamente potente e letal, mesmo em pequenas doses.
Empresas de redes sociais afirmam utilizar tecnologia avançada para identificar e remover conteúdo ilegal. A Meta anunciou que eliminou 2 milhões de conteúdos relacionados a drogas no início de 2024. No entanto, traficantes continuam adaptando suas estratégias para não serem pegos, dificultando o combate a essas atividades.
O Conselho Nacional de Prevenção ao Crime afirma que 80% das mortes por envenenamento por fentanil entre adolescentes e jovens adultos têm origem em contatos nas redes sociais. Isso evidencia a gravidade do problema e a necessidade urgente de medidas mais eficazes. O relatório de 2023 do Procurador Geral do Colorado descreveu a quantidade de drogas disponíveis online como “assustadora” e destacou a facilidade com que os jovens podem acessar essas substâncias perigosas.
Defensores pedem regras mais rígidas para empresas de tecnologia. O Projeto de Lei de Proteção Online para Crianças visa proteger os jovens de conteúdos online prejudiciais e aguarda votação na Câmara. Além disso, há uma proposta que exige que plataformas de mídia social denunciem atividade ilegal de drogas à polícia.
O aumento de medicamentos falsos nas redes sociais é uma questão grave que exige colaboração entre empresas de tecnologia, legisladores e policiais. As empresas devem desenvolver métodos mais eficazes para identificar esses produtos falsificados e colaborar mais estreitamente com as autoridades. Ao mesmo tempo, novas leis poderiam responsabilizar as plataformas e criar ambientes online mais seguros para todos.
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