Cientistas alertam para risco à prosperidade sustentável devido à má gestão de recursos

Tempo de leitura: 2 minutos
Por Chi Silva
- em
Terra dividida por elementos de práticas sustentáveis e insustentáveis

São PauloUm relatório recente indica que, se não fizermos grandes mudanças em nossa economia, tecnologia e uso de recursos, as futuras gerações não terão uma qualidade de vida decente. Publicado na The Lancet Planetary Health, o relatório mostra que já ultrapassamos muitos dos limites críticos do planeta. Precisamos urgentemente alterar a forma como compartilhamos e utilizamos recursos essenciais como água doce e nutrientes.

O relatório destaca problemas significativos, tais como...

  • Desigualdade: O acesso desigual e o controle sobre os recursos estão impulsionando crises ambientais e sociais.
  • Consumismo Excessivo: O uso exagerado de recursos finitos por uma minoria está causando danos significativos às pessoas e à natureza.
  • Mudança Econômica e Tecnológica: É urgente criar novas políticas econômicas e tecnologias sustentáveis para enfrentar esses problemas.

Cientistas descobriram uma forma de equilibrar os limites ambientais e as necessidades humanas, chamada de 'Espaço Seguro e Justo' para a humanidade. Essa abordagem busca minimizar os danos ao planeta e ao mesmo tempo garantir que todos tenham acesso aos recursos necessários. No entanto, previsões para 2050 mostram que esse espaço se tornará menor, principalmente devido à desigualdade contínua e à má gestão de recursos.

Precisamos enfrentar a crescente falta de áreas seguras.

Novas políticas e métodos de financiamento são necessários para reduzir a desigualdade e mitigar problemas ambientais. Devemos usar os recursos naturais de forma eficiente e justa, garantindo que as comunidades ricas não consumam excessivamente. Investir em tecnologias ecologicamente corretas e de baixo custo é essencial para tornar a vida sustentável uma realidade.

Reconhecer que a desigualdade e a má gestão de recursos levam a danos ambientais é crucial. Fornecer recursos básicos a todos que precisam reduziria a pressão sobre a Terra em comparação ao alto consumo de uma minoria. Essa ideia se afasta dos modelos econômicos tradicionais que priorizam o crescimento e ignoram impactos ambientais e sociais. Ignorar essas questões será muito mais caro a longo prazo, pois os sistemas que sustentam mercados, economias e sociedades vão falhar.

Joyeeta Gupta da Comissão da Terra destacou que a desigualdade entre ricos e pobres tem graves consequências. O aumento da poluição e o mau uso dos recursos provocam grandes problemas, dificultando a capacidade do planeta de sustentar a vida. O relatório indica que ainda podemos reduzir a pobreza e nos proteger das mudanças nos sistemas terrestres, mas precisamos agir rapidamente.

Para resolver esses problemas, é preciso mudar nossa forma de pensar sobre crescimento, justiça e tecnologia. Nosso objetivo é garantir que todos possam viver bem sem prejudicar o planeta. Temos pouco tempo para atingir isso, então devemos agir juntos e rapidamente.

O estudo é publicado aqui:

http://dx.doi.org/10.1016/S2542-5196(24)00167-0

e sua citação oficial - incluindo autores e revista - é

Kathryn H Jacobsen, Caryl E Waggett, Pamela Berenbaum, Brett R Bayles, Gail L Carlson, René English, Carlos A Faerron Guzmán, Meredith L Gartin, Liz Grant, Thomas L Henshaw, Lora L Iannotti, Philip J Landrigan, Nina Lansbury, Hao Li, Maureen Y Lichtveld, Ketrell L McWhorter, Jessica E Rettig, Cecilia J Sorensen, Eric J Wetzel, Dawn Michele Whitehead, Peter J Winch, Keith Martin. Planetary health learning objectives: foundational knowledge for global health education in an era of climate change. The Lancet Planetary Health, 2024; 8 (9): e706 DOI: 10.1016/S2542-5196(24)00167-0
Ciência: Últimas notícias
Leia mais:

Compartilhar este artigo

Comentários (0)

Publicar um comentário