Mistérios da evolução: como camundongos alpinistas desvendam adaptações a altas altitudes

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Por Alex Morales
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Camundongos escalando montanhas com diversos cenários ambientais.

São PauloTítulo: Estudo Revela Adaptações dos Ratos-do-mato a Ambientes de Baixo Oxigênio

Pesquisas recentes trouxeram informações valiosas sobre como os ratos-do-mato se adaptam a ambientes rigorosos. Um grupo liderado por Naim Bautista, da Universidade de Nebraska-Lincoln, analisou como esses roedores que vivem em altitudes altas e baixas ajustam-se aos baixos níveis de oxigênio, uma condição comum em regiões elevadas. Este estudo nos ajuda a compreender como as espécies desenvolvem características que as permitem sobreviver em diferentes ambientes.

Características principais do estudo incluem:

  • Simulação de subida a altitudes de até 6.000 metros.
  • Análise comparativa entre camundongos de regiões altas e baixas.
  • Acompanhamento da produção de calor metabólico sob estresse do frio.
  • Enfoque na eficiência circulatória e respiratória.

Adaptação evolutiva permite que espécies como o camundongo venham a habitar diferentes ambientes. Um estudo revelou que os camundongos que vivem em altitudes elevadas desenvolveram características especiais que os ajudam a sobreviver em locais com baixo teor de oxigênio. Essas características lhes conferem uma vantagem em relação aos camundongos de altitudes mais baixas, que enfrentam dificuldades para sobreviver nas mesmas condições. Isso demonstra a importância crucial de as espécies se adaptarem especificamente aos seus ambientes locais.

Camundongos de regiões montanhosas possuem características genéticas que os ajudam a lidar com problemas de saúde relacionados à vida em grandes altitudes, como a hipertensão pulmonar. Eles conseguem evitar o espessamento do ventrículo direito do coração, o que lhes confere uma vantagem de sobrevivência. Isso evidencia a importância das alterações genéticas para viver em ambientes específicos.

Bautista tem planos futuros de pesquisar o rato-de-orelhas-folha-de-lombo-amarelo nos Andes, onde vive nas maiores altitudes de qualquer mamífero. Esse estudo pode nos ajudar a entender melhor como viver em altitudes tão elevadas afeta as mudanças fisiológicas e genéticas do corpo.

Estas descobertas deveriam incentivar mais estudos sobre outros animais que vivem em grandes altitudes e suas maneiras especiais de sobreviver. Aprender como as espécies se adaptam através da evolução pode ter impactos significativos na biologia e ecologia, especialmente com as mudanças climáticas e ambientes em transformação. Essa pesquisa nos ajuda a compreender melhor como a evolução funciona e destaca a importância das adaptações locais que permitem que as espécies sobrevivam e prosperem em diferentes lugares.

O estudo é publicado aqui:

http://dx.doi.org/10.1073/pnas.2412526121

e sua citação oficial - incluindo autores e revista - é

Naim M. Bautista, Nathanael D. Herrera, Ellen Shadowitz, Oliver H. Wearing, Zachary A. Cheviron, Graham R. Scott, Jay F. Storz. Local adaptation, plasticity, and evolved resistance to hypoxic cold stress in high-altitude deer mice. Proceedings of the National Academy of Sciences, 2024; 121 (41) DOI: 10.1073/pnas.2412526121
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