Museu na Pensilvânia resolve disputa nazista com leilão de rara obra

Tempo de leitura: 2 minutos
Por Chi Silva
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Pintura renascentista exibida em um cenário de galeria de museu

São PauloPrincipais pontos:

  • O quadro fazia parte de uma coleção de arte de Henry Bromberg, herdada de seu pai.
  • A família Bromberg fugiu da Alemanha em 1938 devido à perseguição nazista.
  • A obra será leiloada em janeiro no evento Christie’s Old Master em Nova York.
  • Os lucros da venda serão divididos entre a família e o museu.
  • A pesquisa sobre a origem da pintura foi inconclusiva.

A venda desta pintura é importante não apenas pelo seu valor artístico, mas também pelas questões morais que levanta. O museu e a família Bromberg colaboraram para chegar a um acordo justo. Max Weintraub, presidente do museu, ressaltou a importância de tratar a história da pintura de forma responsável. Esta decisão mostra que os museus estão mais conscientes e tomando medidas ativas para lidar com obras de arte com passados complicados, especialmente relacionadas a saques de guerra e vendas forçadas.

O valor da pintura ainda é desconhecido, enquanto a Christie's investiga sua atribuição exata. Obras de Cranach, o Velho, valem muito mais do que as produzidas por seu ateliê. Por exemplo, o retrato de João Frederico I, Eleitor da Saxônia, de Cranach, foi vendido por US$ 7,7 milhões em 2018, demonstrando a variação nos preços. Para o museu, este leilão representa tanto uma decisão ética quanto uma oportunidade de financiar novas aquisições ou projetos de conservação com sua parte dos lucros.

A família Bromberg busca mais do que apenas esta pintura de sua coleção de arte perdida. Eles já negociaram com proprietários privados por duas outras obras de arte e ainda estão em busca de cerca de 80 peças que acreditam terem sido perdidas por causa dos nazistas. Esta busca contínua destaca a dificuldade enfrentada por famílias para recuperar seus bens confiscados durante aquele período difícil.

Ao corrigir injustiças passadas relacionadas a essas obras de arte, museus como o Allentown Art Museum contribuem para reparar esses erros retornando as peças aos seus proprietários originais ou reconhecendo suas histórias complexas. Esse método colaborativo serve de exemplo para outros museus ao redor do mundo que enfrentam desafios semelhantes.

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