Novo estudo compara disseminação de rumores a reações nucleares

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Por Chi Silva
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Modelo atômico com balões de fala ao redor.

São PauloA propagação de desinformação online é um problema grave. Pesquisadores da Universidade Normal de Shandong desenvolveram um novo método para entender como os boatos se disseminam. A técnica deles oferece novas perspectivas sobre a propagação de rumores em redes e como podemos combatê-los de maneira eficaz.

No modelo deles, os boatos se propagam de uma forma que leva a ainda mais disseminação conforme são compartilhados pelas pessoas, resultando em um rápido aumento no número de indivíduos que ouvem e passam adiante as informações.

  • Pessoas que ouvem um boato decidem repassá-lo com base no interesse pessoal.
  • Exposições repetidas podem ser necessárias para que alguém compartilhe a informação.
  • Grupos de pessoas reagem de formas diferentes dependendo de seus níveis de interesse.

O novo modelo preenche as lacunas dos modelos tradicionais de epidemias no que diz respeito à disseminação de desinformação. Esses modelos costumam negligenciar fatores importantes como o comportamento humano e a psicologia. O modelo atualizado considera como os interesses pessoais e a exposição repetida desempenham papéis fundamentais na propagação de informações falsas.

Wenrong Zheng, o principal autor, destacou que o novo modelo reflete melhor como as coisas funcionam na vida real. Boatos não se espalham sozinhos; as pessoas fazem escolhas sobre compartilhá-los. Por exemplo, alguém pode compartilhar uma história falsa se ela se alinhar com suas crenças. Às vezes, uma pessoa precisa ouvir um boato várias vezes antes de decidir repassá-lo.

Compreender esse comportamento ajuda a criar maneiras de combater desinformação. Zheng afirmou que usuários racionais da internet são cruciais para controlar boatos. Pessoas com maior nível de educação tendem a questionar informações falsas. Portanto, a educação é fundamental para reduzir a propagação de mentiras online.

O modelo oferece orientações valiosas para governos e empresas. Aqui estão algumas ações recomendadas:

Monitoramos as redes sociais em tempo real, verificamos rapidamente os fatos por meio de fontes confiáveis, e fazemos correções públicas para combater a desinformação de forma ágil.

Governos e grupos de mídia podem impedir a propagação de boatos se agirem rapidamente. Os boatos inicialmente se espalham pouco, por isso é crucial intervir cedo, antes que se alastrem por toda parte.

Este novo modelo nos permite compreender e lidar melhor com a desinformação online. Ele destaca a importância da educação e da ação rápida. Combater a disseminação de boatos exige um esforço conjunto de pessoas e organizações.

O estudo é publicado aqui:

http://dx.doi.org/10.1063/5.0217575

e sua citação oficial - incluindo autores e revista - é

Wenrong Zheng, Fengming Liu, Yingping Sun. A rumor propagation model based on nuclear fission. AIP Advances, 2024; 14 (7) DOI: 10.1063/5.0217575
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