Estudo revela: priorizar idosos para reforço da COVID-19 reduz significativamente mortes

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Por João Silva
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Vacinas e calendário destacando prioridade de reforços para idosos.

São PauloVacinas de Reforço Contra COVID-19 Salvarão Mais Vidas Quando Prioritárias para Idosos

As vacinas de reforço contra a COVID-19 são fundamentais, especialmente à medida que nossa proteção contra o vírus enfraquece e novas variantes surgem. Um estudo recente da Universidade de Oxford revelou a melhor forma de utilizar essas doses limitadas de reforço. A pesquisa descobriu que priorizar a aplicação das vacinas de reforço em idosos resulta no menor número de mortes e na menor perda de anos de vida.

Principais Descobertas:

  • Priorizar idosos para doses de reforço reduz drasticamente o número de mortes.
  • Essa estratégia é eficaz em países com diferentes contextos econômicos.
  • Focar nos adultos mais velhos garante melhores resultados em saúde pública do que vacinar jovens mais socialmente ativos.

Pessoas idosas têm um risco muito maior de adoecer gravemente ou morrer se contraírem COVID-19. Isso faz com que pareça óbvio dar a elas as vacinas de reforço primeiro. No entanto, o estudo é relevante porque analisa a questão de forma detalhada. Os pesquisadores utilizaram modelos matemáticos para observar como o vírus se espalha em diferentes países, levando em conta vários fatores sociais e econômicos. Eles concluíram que priorizar a vacinação de idosos é essencial, independentemente da composição populacional ou da situação econômica do país.

Administrar reforços em idosos pode ajudar a manter os sistemas de saúde estáveis. Em regiões com recursos limitados, os hospitais frequentemente enfrentam dificuldades para lidar com aumentos repentinos de casos graves, especialmente entre pessoas mais velhas. Ao oferecer reforços para essa faixa etária, podemos reduzir os casos severos e evitar que os sistemas de saúde fiquem sobrecarregados.

Focar na imunização de idosos ajuda a manter seu sistema imunológico, que tende a enfraquecer com o tempo. O estudo revelou que, apesar de os jovens possuírem um maior potencial de disseminação do vírus devido às suas interações, a vacinação dessa faixa etária não reduz tanto as taxas de mortalidade quanto a vacinação de idosos. Essas informações são cruciais para os formuladores de políticas que buscam tomar decisões de saúde pública de forma econômica.

Os formuladores de políticas devem considerar uma visão mais ampla da saúde e da sociedade. Aplicar doses de reforço nos idosos diminui o número de mortes, mantém os sistemas de saúde fortes, beneficia a economia ao evitar longos confinamentos e possibilita um retorno mais rápido à normalidade.

As estratégias de distribuição de reforços devem priorizar a proteção dos idosos, pois eles correm maior risco. Dessa forma, podemos fortalecer a sociedade e preparar-nos melhor para surtos atuais e futuros de COVID-19.

O estudo é publicado aqui:

http://dx.doi.org/10.1371/journal.pcbi.1012309

e sua citação oficial - incluindo autores e revista - é

Ioana Bouros, Edward M. Hill, Matt J. Keeling, Sam Moore, Robin N. Thompson. Prioritising older individuals for COVID-19 booster vaccination leads to optimal public health outcomes in a range of socio-economic settings. PLOS Computational Biology, 2024; 20 (8): e1012309 DOI: 10.1371/journal.pcbi.1012309
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