Nova descoberta: criatura microscópica encontrada escondida no lago Mono, na Califórnia

Tempo de leitura: 2 minutos
Por João Silva
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Criatura microscópica no Lago Mono com fundo aquático.

São PauloPesquisadores da Universidade da Califórnia, em Berkeley, descobriram um micróbio interessante no Lago Mono, na Serra Nevada Oriental. Esse microrganismo, chamado Barroeca monosierra, pertence ao grupo dos coanoflagelados. Os coanoflagelados são pequenos seres unicelulares que podem formar agrupamentos de células, de maneira semelhante ao desenvolvimento dos embriões animais. Embora não sejam animais, eles estão muito próximos deles em termos evolutivos. Essa descoberta pode nos ajudar a compreender como organismos unicelulares evoluíram para a vida multicelular.

Detalhes essenciais sobre a Barroeca monosierra:

Barroeca monosierra é uma planta conhecida por suas características únicas. Comumente encontrada em altitudes elevadas, esta espécie possui flores pequenas e resistentes. Além disso, ela se destaca pela sua adaptação a climas rigorosos, contribuindo para a biodiversidade das regiões montanhosas onde é nativa.

Curiosidades sobre a Barroeca monosierra:

A Barroeca monosierra, uma planta única que cresce em altitudes elevadas e climas adversos, enriquece a biodiversidade das regiões montanhosas com suas flores pequenas e resilientes.

  • Presente nas águas salgadas e ricas em arsênico e cianeto do Lago Mono
  • Forma colônias com quase 100 células idênticas
  • Exibe uma estrutura esférica oca que gira e rodopia
  • Possui seu próprio microbioma, uma novidade entre os coanoflagelados

Descobrir um microbioma em B. monosierra nos ajuda a compreender melhor a evolução inicial dos animais. Microbiomas são grupos de bactérias que vivem dentro de hospedeiros e são comumente encontrados em animais complexos como os humanos. Encontrar isso em um organismo simples e unicelular demonstra que os micróbios podem ter sido importantes no desenvolvimento inicial da vida multicelular.

B. monosierra, ao contrário do que se pensava anteriormente, que os coanoflagelados se alimentavam apenas de bactérias, mantém conexões físicas constantes com elas. Isso pode ter diferentes implicações. As bactérias podem ajudar os coanoflagelados a sobreviver, limpando substâncias nocivas da água do lago. Ou os coanoflagelados podem estar usando as bactérias como alimento ou aproveitando suas moléculas para formar grupos.

A descoberta possui um impacto que vai além do Lago Mono. Ao estudar este organismo, os cientistas podem compreender como antigos oceanos repletos de bactérias possivelmente levaram ao surgimento dos primeiros animais. Esta pesquisa investiga questões fundamentais sobre como a vida começou na Terra e pode nos ajudar a entender como os micróbios influenciaram o desenvolvimento de formas de vida mais complexas.

Cientistas vão estudar a B. monosierra para entender como ela auxilia os coanoflagelados e como estes, por sua vez, a ajudam. Eles realizarão experimentos para identificar os benefícios mútuos. Além disso, investigarão como as interações com bactérias podem levar à formação de colônias e influenciar outros comportamentos dos coanoflagelados.

A descoberta da B. monosierra no Lago Mono é empolgante para os cientistas. Ela revela que até mesmo em lugares extremos pode haver uma diversidade surpreendente de vida. Este organismo nos ajuda a compreender que as formas de vida primitivas e suas relações com bactérias eram mais complexas do que imaginávamos. O conhecimento adquirido pode esclarecer como a vida multicelular evoluiu.

O estudo é publicado aqui:

http://dx.doi.org/10.1128/mbio.01623-24

e sua citação oficial - incluindo autores e revista - é

K. H. Hake, P. T. West, K. McDonald, D. Laundon, J. Reyes-Rivera, A. Garcia De Las Bayonas, C. Feng, P. Burkhardt, D. J. Richter, J. F. Banfield, N. King. A large colonial choanoflagellate from Mono Lake harbors live bacteria. mBio, 2024; DOI: 10.1128/mbio.01623-24
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