Novo avanço: abordagens inovadoras para diagnóstico precoce da endometriose

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Por João Silva
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Ferramentas médicas e diagramas para a detecção da endometriose.

São PauloEndometriose: um desafio para a saúde feminina

A endometriose é um problema de saúde significativo que afeta mais de 11% das mulheres em idade fértil nos EUA e cerca de 190 milhões de mulheres no mundo. O diagnóstico precoce é complicado, levando em média sete anos desde o aparecimento dos primeiros sintomas. Esses sintomas podem ser extremamente dolorosos e incluem dores abdominais e cólicas durante a menstruação. A endometriose ocorre quando tecido semelhante ao revestimento do útero cresce fora deste órgão, geralmente nos ovários, nas trompas de falópio e em outros órgãos. Isso pode causar dores crônicas, infertilidade e uma qualidade de vida reduzida.

Atualmente, o diagnóstico de endometriose envolve vários métodos, como:

  • Exames pélvicos
  • Ultrassonografias abdominais
  • Ressonância Magnética (RM)
  • Laparoscopia

A laparoscopia é um método comum, porém caro e com riscos cirúrgicos. Sua precisão depende da habilidade do cirurgião e do estágio da doença. Novas técnicas, como a verificação de biomarcadores no sangue e na saliva, ainda não são muito precisas. Métodos não invasivos, como a ressonância magnética e o ultrassom transvaginal, geralmente só funcionam em casos avançados de endometriose.

Uma nova ferramenta de diagnóstico analisa a atividade elétrica no trato gastrointestinal através da Eletroneurografia Visceral (ENGV). Esse método pode identificar padrões específicos relacionados à endometriose. Embora ainda esteja em fase de estudo, a ENGV pode oferecer uma maneira não invasiva de diagnosticar a endometriose, potencialmente mudando as práticas médicas de tratamento dos sintomas para um foco no diagnóstico.

Pesquisas atuais estão desenvolvendo novas abordagens para tratar desequilíbrios hormonais na endometriose, que causam crescimento de novos vasos sanguíneos, morte celular, alterações no sistema imunológico e inflamação. Um teste ideal para diagnosticar a endometriose deve basear-se nos sintomas para identificar os pacientes certos e usar critérios precisos para garantir a precisão. Um bom teste mostraria claramente se alguém tem endometriose ou não, reduzindo a necessidade de procedimentos invasivos como cirurgias.

Embora ainda não existam testes não invasivos para endometriose aprovados pela FDA, as pesquisas atuais são promissoras. Novas tecnologias como o EVG, uma vez totalmente testadas, podem mudar a forma como diagnosticamos e tratamos a endometriose precocemente. Essa mudança pode melhorar significativamente a saúde dos pacientes, reduzir o impacto da doença e melhorar a vida de muitas mulheres. O progresso depende da introdução desses novos métodos na prática médica cotidiana, o que pode reduzir o tempo de diagnóstico e aprimorar o cuidado a longo prazo da endometriose.

O estudo é publicado aqui:

http://dx.doi.org/10.24966/RMGO-2574/100171

e sua citação oficial - incluindo autores e revista - é

Kitsantas P, Benson KN, Al-Farauki S, Knecht MK, Hennekens CH and Learman LA. Emerging Diagnostic Tools for the Early Diagnosis of Endometriosis. Journal of Reproductive Medicine Gynaecology & Obstetrics, 2024 DOI: 10.24966/RMGO-2574/100171
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