Estudo revela biomarcador que prevê eficácia da imunoterapia em câncer de fígado

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Por Chi Silva
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Fígado ilustrativo com biomarcadores de câncer destacados.

São PauloAvanços recentes na pesquisa sobre câncer de fígado podem revolucionar o tratamento de pacientes com carcinoma hepatocelular. Pesquisadores da Weill Cornell Medicine identificaram possíveis biomarcadores que podem ajudar a prever quais pacientes terão uma boa resposta à imunoterapia. O estudo, publicado na revista Molecular Cell, destaca os papéis cruciais das proteínas p62 e NBR1 na reação do sistema imunológico ao câncer de fígado.

O estudo revela informações sobre:

  • A função do p62 e sua ligação com a ativação do sistema imunológico.
  • Como níveis elevados de NBR1 em células estreladas hepáticas podem suprimir a imunidade.
  • Estratégias terapêuticas potenciais focadas no NBR1.

Os pesquisadores descobriram que a proteína chamada p62 ativa outra proteína, STING, que ajuda o corpo a combater o câncer ao desencadear respostas imunológicas. Por outro lado, quando há uma quantidade elevada de NBR1, ela degrada a STING e enfraquece o sistema imunológico. Esse enfraquecimento pode ser uma das razões principais pelas quais alguns tratamentos contra o câncer não funcionam. O estudo indica que pacientes com altos níveis de NBR1 em suas células hepáticas têm menos chances de se beneficiarem de tratamentos que estimulam o sistema imunológico.

Pacientes com câncer de fígado geralmente têm poucas opções de tratamento, e essas intervenções costumam estender a vida por apenas alguns meses. A imunoterapia está despontando como uma nova possibilidade, tendo ajudado alguns pacientes a viverem mais. No entanto, prever quais pacientes vão se beneficiar desse tratamento é desafiador. Identificar biomarcadores como o NBR1 pode auxiliar os médicos a selecionar os tratamentos mais adequados para aqueles que têm maior chance de responder bem.

Pesquisadores estão tentando aprimorar a forma como o sistema imunológico combate o câncer ajustando os níveis de NBR1. Eles estão explorando métodos para quebrar diretamente o NBR1 ou aumentar a atividade do STING. Essa estratégia pode melhorar os tratamentos de imunoterapia atuais e impedir que o câncer se torne resistente a esses tratamentos.

Pesquisas atuais estão desenvolvendo medicamentos que ativam o STING e inibem o NBR1. Isso pode ampliar a eficácia da imunoterapia para mais pacientes. Compreender esses mecanismos pode aprimorar o funcionamento dos tratamentos. Essas descobertas também podem ser úteis em diferentes tipos de câncer, especialmente ao impedir a metástase e melhorar a eficácia de outros tratamentos.

Pesquisadores planejam continuar colaborando no estudo dessas ideias, com o objetivo de desenvolver tratamentos contra o câncer que sejam personalizados para cada indivíduo e mais eficazes.

O estudo é publicado aqui:

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