Novo estudo: 30% das regiões crescem economicamente reduzindo emissões de carbono
São PauloEstudo destaca avanço econômico sustentável em áreas globais
Um estudo recente do Instituto Potsdam para Pesquisa do Impacto Climático revela que 30% das regiões mundiais conseguiram crescer economicamente sem aumentar as emissões de carbono. A pesquisa analisou 1.500 regiões ao longo dos últimos 30 anos e ressalta o papel crucial dos esforços climáticos nacionais e regionais nesse sucesso. No entanto, os avanços ainda são insuficientes para alcançar a meta de emissões líquidas zero até 2050.
Várias estratégias ajudam a diminuir a relação entre crescimento econômico e emissões de carbono. Regiões mais ricas, que no passado dependiam de indústrias pesadas em carbono e possuem setores fortes de serviços e manufatura, lideram essa iniciativa. Locais com bons planos climáticos e financiamento adequado têm maior chance de êxito. Elementos cruciais para a redução desse vínculo incluem estratégias claras e apoio financeiro sólido.
Medidas Fundamentais para o Combate às Mudanças Climáticas
- Implementação de políticas climáticas eficazes em níveis nacional e local
- Investimento em energias renováveis e tecnologias sustentáveis
- Apoio financeiro a iniciativas de combate às mudanças climáticas
- Transição de indústrias de alto carbono para economias focadas em serviços
- Aumento da conscientização e adoção de práticas energeticamente eficientes
Europa está na vanguarda nesta área, com diversas regiões demonstrando progresso constante na dissociação entre o crescimento econômico e as emissões de carbono ao longo dos últimos 20 anos. Cidades da União Europeia têm se beneficiado de políticas climáticas robustas e cooperação, permitindo que avancem à frente da América do Norte e Ásia, onde os avanços têm sido mais irregulares.
Estudo aponta que países desenvolvidos podem alcançar emissões líquidas zero de carbono mais rapidamente que outros, mas o progresso global ainda é insuficiente. Se as tendências atuais persistirem, menos da metade das regiões locais no mundo atingirá emissões líquidas zero até 2050. Isso destaca a necessidade urgente de mais cooperação internacional e investimentos, especialmente em países em desenvolvimento.
As conclusões indicam que há uma falta de dados sobre as emissões dos produtos consumidos pelas pessoas, dificultando o entendimento completo de como o comércio internacional impacta as pegadas de carbono. Preencher essas lacunas de dados é essencial para avaliar melhor os esforços de dissociar o crescimento econômico do impacto ambiental e para desenvolver estratégias eficazes.
Para garantir um crescimento econômico sustentável, tanto os países desenvolvidos quanto os em desenvolvimento precisam avançar mais rapidamente no uso reduzido de carbono. As nações desenvolvidas devem contribuir investindo mais em tecnologias e infraestrutura verdes no sul global. A colaboração é essencial para atingir as metas climáticas do Acordo de Paris e manter a temperatura global estável.
O estudo é publicado aqui:
http://dx.doi.org/10.1073/pnas.2411419121e sua citação oficial - incluindo autores e revista - é
Maria Zioga, Maximilian Kotz, Anders Levermann. Observed carbon decoupling of subnational production insufficient for net-zero goal by 2050. Proceedings of the National Academy of Sciences, 2024; 121 (45) DOI: 10.1073/pnas.2411419121Compartilhar este artigo