Advogada mexicana desaparece sob ameaças e insegurança

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Por João Silva
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Rua vazia em Oaxaca com cartazes de pessoa desaparecida.

São PauloClaudia Domínguez, uma renomada advogada e ativista de direitos humanos do México, e seu marido, Alexander Hernández Hernández, estão desaparecidos desde o início de outubro. O sumiço deles ressalta o perigoso cenário enfrentado por quem defende as liberdades civis no México. Mesmo com a Procuradoria do Estado de Oaxaca afirmando estar investigando o caso, a ausência do casal evidencia a violência generalizada e as ameaças que os ativistas frequentemente enfrentam.

Principais pontos sobre o desaparecimento: O carro do casal foi encontrado abandonado em Veracruz, uma região conhecida pelo crime organizado. Domínguez vinha recebendo ameaças, possivelmente devido ao seu trabalho contra a corrupção no estado. Diferente de outras pessoas em situações semelhantes, ela não contava com proteção federal ativa.

Grupos de direitos humanos e organizações feministas em Oaxaca estão pressionando as autoridades a intensificarem seus esforços para encontrar o casal desaparecido. Esse apelo é essencial, pois o México enfrenta sérios problemas de direitos humanos, especialmente em relação à violência contra mulheres e ativistas. Muitos ativistas atuam sem medidas de segurança adequadas, apesar de existirem programas federais criados para proteger jornalistas e defensores dos direitos humanos. Esses programas, como o chamado "mecanismo", oferecem escoltas de proteção e botões de pânico. No entanto, como destacou Galvan, outro ativista, o programa frequentemente não funciona bem e só oferece soluções temporárias.

O desaparecimento de Domínguez não é um caso isolado. O México enfrenta um grave problema com desaparecimentos forçados, já registrando mais de 115.000 casos. Em áreas dominadas por grupos criminosos, os ativistas estão especialmente em risco. Essa situação destaca a necessidade urgente de o México aprimorar a proteção aos seus defensores dos direitos humanos. Ao implementar medidas de proteção de forma consistente, vidas podem ser salvas e aqueles que lutam por justiça podem se sentir mais apoiados e incentivados.

O governo está falhando em assumir a responsabilidade e em ser transparente sobre suas ações. Grupos de direitos humanos tanto locais quanto internacionais estão pedindo mudanças rápidas para resolver esse problema. Eles recomendam melhor treinamento policial em direitos humanos, mais recursos para apoiar programas de proteção e uma aplicação mais rigorosa das leis que previnem ameaças e violência.

A busca por Domínguez continua, e seus apoiadores ainda têm esperança de que ela retorne em segurança. Seu caso ressalta as dificuldades enfrentadas pelos ativistas no México ao tentar responsabilizar as autoridades. É uma luta não só por justiça, mas também para proteger os direitos básicos e garantir a segurança daqueles que defendem esses direitos.

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