Estudo revela fator essencial na regeneração de nadadeiras

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Por Ana Silva
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Killifish com barbatana parcialmente regenerada na água.

São PauloPesquisadores do Instituto Stowers de Pesquisa Médica, liderados pelo Dr. Augusto Ortega Granillo, descobriram detalhes importantes sobre como o peixe-quilhapé africano regenera suas nadadeiras caudais após lesões. O estudo focou em compreender o papel da matriz extracelular e o momento das respostas celulares nesse processo. As descobertas mostram que a duração da atividade celular durante o reparo e a interação entre as células e a matriz extracelular são fundamentais para o sucesso da regeneração dos tecidos.

O estudo ressalta vários aspectos importantes: como as células reagem durante uma lesão, a forma de comunicação entre células da pele sobre o nível de dano e a função da matriz extracelular na regulação dos genes ativados.

Estudo revela como ações celulares específicas e a sincronização podem alterar a forma como o corpo se repara. Pesquisadores identificaram que as células da pele se modificam no local da lesão e influenciam áreas vizinhas ao focar na matriz extracelular. Essas células iniciam um processo genético para preparar o tecido para a cura, uma área ainda pouco explorada. Essa ativação auxilia na recuperação de todo o corpo, não apenas das partes feridas.

Cientistas utilizaram a técnica de edição genética CRISPR-Cas9 para investigar se os genes ajudam a matriz extracelular a sinalizar níveis de dano. Ao alterar um gene relacionado a isso, observaram que os killifish ainda conseguiam regenerar suas caudas, mas não tão rapidamente como antes. Isso indica que uma boa comunicação através da matriz extracelular é essencial para uma regeneração rápida e precisa.

O estudo pode auxiliar no desenvolvimento de novos tratamentos para humanos que têm dificuldade em regenerar tecidos. Ao entender esses processos celulares, os cientistas podem criar terapias para melhorar a recuperação de tecidos após lesões ou doenças. Alterar as condições ao redor, como o ambiente externo das células, pode ajudar os tecidos humanos a se regenerarem com mais eficiência, semelhante a alguns animais.

Título: Descobertas celulares podem transformar tratamentos de regeneração de tecidos

Cientistas esperam aplicar essas descobertas em outros animais e, futuramente, na medicina humana. Ao desvendar os métodos de regeneração, eles visam desenvolver novos tratamentos para doenças que envolvem danos nos tecidos. Isso pode representar grandes avanços em terapia regenerativa. Esta pesquisa não apenas aprimora nosso entendimento sobre como a regeneração biológica funciona, mas também nos aproxima do uso dessas descobertas na saúde humana.

O estudo é publicado aqui:

http://dx.doi.org/10.1016/j.isci.2024.110737

e sua citação oficial - incluindo autores e revista - é

Augusto Ortega Granillo, Daniel Zamora, Robert R. Schnittker, Allison R. Scott, Alessia Spluga, Jonathon Russell, Carolyn E. Brewster, Eric J. Ross, Daniel A. Acheampong, Ning Zhang, Kevin Ferro, Jason A. Morrison, Boris Y. Rubinstein, Anoja G. Perera, Wei Wang, Alejandro Sánchez Alvarado. Positional information modulates transient regeneration-activated cell states during vertebrate appendage regeneration. iScience, 2024; 27 (9): 110737 DOI: 10.1016/j.isci.2024.110737
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