Atacantes mascarados invadem sede da oposição na Venezuela

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Por Ana Silva
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Quartel-general da oposição danificado, com janelas quebradas e destroços.

São PauloAtacantes mascarados recentemente invadiram o escritório de um líder da oposição na Venezuela, em meio ao aumento das tensões políticas após a eleição presidencial de 28 de julho.

  • Pontos Principais:
  • Resultados eleitorais mostram desfechos controversos.
  • EUA e outras nações pedem auditoria dos votos.
  • Protestos em massa levando a prisões e baixas.
  • Crise econômica generalizada sob a gestão de Maduro.

Conselho Eleitoral da Venezuela Declara Maduro Vencedor, Oposição Contesta

O Conselho Eleitoral na Venezuela anunciou que o Presidente Nicolás Maduro venceu a recente eleição. No entanto, o principal partido de oposição afirma que possui provas de que seu candidato, Edmundo González Urrutia, na verdade ganhou com uma grande margem. A oposição alega que cerca de 80% dos registros de votação que possuem mostram que González obteve mais que o dobro dos votos.

EUA e outros países como Brasil, Colômbia e México solicitaram que os oficiais eleitorais da Venezuela compartilhassem a contagem detalhada dos votos. O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, afirmou que há evidências claras de que González venceu. Em resposta, Maduro mandou os EUA cuidarem dos próprios assuntos.

Maduro segue firme em sua posição, mesmo sob pressão de outros países, e não aceitou uma revisão imparcial dos resultados eleitorais. Essa postura é arriscada, dado que seu governo enfrenta graves problemas econômicos. A Venezuela, que possui as maiores reservas comprovadas de petróleo do mundo, enfrenta inflação galopante e escassez desde que Maduro assumiu a presidência em 2013. Desde 2014, mais de 7,7 milhões de pessoas deixaram o país.

A economia não melhorará sem resultados eleitorais claros, e cada vez mais pessoas estão questionando a autoridade de Maduro. Se ele não concordar com uma transição, as sanções americanas ao petróleo podem se tornar mais severas.

Após o anúncio da eleição, começaram os protestos. Milhares de pessoas foram às ruas. O governo afirmou que centenas de manifestantes foram presos. A organização de direitos humanos Foro Penal confirmou que 11 pessoas morreram e muitas foram detidas, incluindo Freddy Superlano, um ex-candidato da oposição.

Líderes da oposição, González e Maria Corina Machado, falaram com seus apoiadores em Caracas, mas desapareceram logo depois. Jorge Rodriguez, presidente da Assembleia Nacional, exigiu posteriormente a prisão deles, chamando-os de criminosos e fascistas.

Cynthia Arnson, do Centro Wilson, acredita que Maduro espera que as pessoas se cansem de protestar. No entanto, com a economia da Venezuela em péssimo estado, não está claro quanto tempo essa estratégia funcionará. A população necessita de liderança verdadeira para que a situação econômica melhore.

A postura inflexível de Maduro e sua recusa em revisar os resultados das eleições colocaram o país em uma situação complicada. As negociações internacionais continuam, mas, sem uma forma clara de influenciar Maduro, o futuro permanece incerto.

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