Lukashenko tenta melhorar imagem ao perdoar 30 presos políticos

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Por Ana Silva
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Bandeira da Bielorrússia com barras de prisão se rompendo.

São PauloPresidente da Bielorrússia Concede Perdão a 30 Presos Políticos

O presidente da Bielorrússia recentemente perdoou 30 presos políticos. Analistas acreditam que essa medida é uma tentativa de melhorar sua imagem antes das eleições presidenciais de 2025. No entanto, o governo continua a reprimir e prender cidadãos. Desde a polêmica eleição de 2020, mais de 65.000 pessoas foram detidas e muitas fugiram do país, segundo o centro de direitos humanos Viasna.

A líder da oposição, Sviatlana Tsikhanouskaya, celebrou os indultos, mas destacou que muitas pessoas ainda permanecem injustamente presas, incluindo seu marido, Siarhei, que cumpre uma sentença de 19 anos e meio por ajudar a organizar os protestos de 2020.

Tikhanovskaya afirma que as ações recentes não escondem a crescente opressão na Bielorrússia. Ela destaca a importância da pressão internacional contínua para libertar todos os prisioneiros políticos. Esta semana, 33 ativistas serão julgados por participar de protestos. Nos últimos três meses, mais de 200 pessoas foram condenadas.

Principais pontos a considerar:

  • Lukashenko perdoou 30 prisioneiros políticos.
  • Milhares ainda estão presos, incluindo figuras de destaque da oposição.
  • Os julgamentos públicos de manifestantes continuam, indicando repressão em andamento.
  • Analistas acreditam que Lukashenko está tentando melhorar sua imagem antes das eleições de 2025.

Valery Karbalevich, analista, afirma que Lukashenko libera alguns prisioneiros, mas rapidamente prende novos para substituí-los. Esse padrão não indica uma verdadeira liberalização, mas sim uma tentativa de parecer mais humano para o Ocidente. Esses perdões são cronometrados enquanto Lukashenko se prepara para sua sétima candidatura presidencial. O regime busca o reconhecimento dos observadores internacionais para a próxima eleição.

Os possíveis efeitos desses indultos podem ser mais sobre aparências do que mudanças reais. Por 30 anos, Lukashenko tem controlado Belarus, frequentemente utilizando ações como estas para parecer justo e aberto. Observadores internacionais e grupos de direitos humanos provavelmente continuarão céticos, exigindo reformas políticas reais.

Milhares de bielorrussos enfrentam um futuro incerto. Famílias ainda sofrem porque seus parentes estão presos por se expressarem. É crucial que a comunidade internacional continue atenta à situação dos direitos humanos na Bielorrússia, especialmente à medida que a eleição se aproxima.

A liberação de 30 presos políticos na Bielorrússia é significativa, mas não altera a situação repressiva do país. É necessário manter pressão externa e monitoramento cuidadoso para alcançar mudanças reais. Os países ocidentais devem observar atentamente para verificar se essas ações levarão a melhorias concretas ou se são apenas uma tentativa do governo de Lukashenko de parecer mais aberto.

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