Como um fundraiser em Lahaina melhorou a ajuda aos sobreviventes do incêndio

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Por João Silva
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Doações comunitárias se acumulam em um salão local.

São PauloUm evento beneficente em Lahaina encontrou uma forma mais eficaz de ajudar as vítimas do incêndio. Ray criticou grandes instituições de caridade por não destinarem fundos a grupos como idosos ou pessoas que não falam inglês. Ele destacou que nossos sistemas não garantem que todos os afetados por um desastre se recuperem. Esforços locais podem distribuir fundos de maneira eficiente, mas também precisam ser responsáveis com o dinheiro dos doadores.

Arrecadações digitais são comuns após desastres. Hudson Wells, da GiveSendGo.org, menciona que campanhas de arrecadação em redes sociais são muito difundidas. A GiveSendGo, que detém 4% do mercado de arrecadação online, arrecadou cerca de $200,000. Já a GoFundMe, que possui mais de 30% do mercado, arrecadou mais de $65 milhões para campanhas relacionadas aos incêndios em Maui. Pessoas com forte presença nas redes sociais frequentemente recebem mais doações, enquanto moradores mais velhos ou aqueles sem presença online são deixados de lado.

Arrecadações rápidas pela internet têm seus riscos. Algumas pessoas podem usar o dinheiro de maneira inadequada, seja intencionalmente ou não. As plataformas maiores, como o GoFundMe, possuem regras mais rígidas, por isso tendem a ser mais confiáveis. A legislação estadual sobre arrecadações online varia, e você pode enfrentar problemas fiscais se o dinheiro arrecadado ultrapassar os limites do IRS.

A nova lei do Havaí, o Projeto de Lei do Senado 2983, aumentará as regras para arrecadações online a partir de janeiro de 2026. As campanhas precisarão se registrar, enviar relatórios regulares, e o procurador-geral do estado terá mais poder para investigar como os fundos são administrados.

O Fundo de Incêndio de Lahaina arrecadou quase um milhão de dólares logo após os incêndios de 8 de agosto. A Procuradoria-Geral do Havaí está realizando uma auditoria porque o dinheiro não foi distribuído conforme prometido. Eric West, um dos fundadores do fundo, afirmou ter destinado a maior parte do dinheiro para igrejas e suprimentos, mas cerca de 160.000 dólares estão desaparecidos. Essa declaração inicial falsa sobre como o fundo seria utilizado chamou a atenção da Procuradoria-Geral.

Ray mencionou que novos arrecadadores de fundos frequentemente enfrentam a possibilidade de serem avaliados ou acusados de desonestidade. Ela sugeriu que futuros arrecadadores se preparem e desenvolvam estratégias para reduzir esses riscos.

Em geral, é recomendado que os doadores contribuam com instituições de caridade bem conhecidas, mas novos grupos confiáveis podem surgir rapidamente após desastres. Kendra Reed iniciou o Help Maui Rise porque estava insegura sobre quais organizações eram seguras para doar. Inicialmente, ela compartilhou arrecadações individuais no Instagram, pois as pessoas precisavam de dinheiro de forma imediata.

Reed desejava verificar quem estava recebendo ajuda e acompanhar as doações. Ela se uniu à fotógrafa de Lahaina, Gabrielle Pascual, que criou uma planilha no Google para listar as famílias que perderam suas casas.

Aqui estão as medidas que eles adotaram:

  • Criação de uma planilha online para garantir transparência
  • Verificação dos beneficiários através de redes sociais e contatos pessoais
  • Parceria com o GoFundMe para melhorar a avaliação
  • Configuração de uma página de arrecadação para doações dedutíveis de impostos

A organização Ajuda Maui Crescer distribuiu R$ 777.000 em subsídios para mais de 1.600 famílias que se qualificaram. As pessoas precisavam se inscrever para receber os subsídios, mas a Ajuda Maui Crescer realizou workshops e ofereceu auxílio em diferentes idiomas para facilitar o processo.

Nenhum dinheiro foi retirado do fundo para cobrir custos ou salários. No início, Reed pensava que o fundo duraria apenas algumas semanas, mas agora entende que as pessoas ainda precisam de ajuda. Ela e sua equipe planejam manter a iniciativa em andamento. Eles esperam que outras organizações possam usar seu sistema para distribuir os recursos de forma justa.

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