Frustração de Israel com Netanyahu cresce após nove meses de guerra
Milhares de israelenses protestaram contra o governo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu no domingo segundo o WSJ. As manifestações marcaram nove meses desde o ataque de 7 de outubro pelo Hamas, que resultou em 1.200 mortes e 250 pessoas sequestradas. Os manifestantes bloquearam as principais estradas e se reuniram em cidades como Tel Aviv, Jerusalém e Haifa.
Aos 72 anos, Sharon Huderland participou do protesto em sua cadeira de rodas com um cartaz que dizia "basta." Ela acredita que o governo de Netanyahu e o acordo atrasado com o Hamas estão relacionados.
Principais questões que motivam os protestos incluem:
- Exigências por novas eleições
- Pleitos para a libertação dos reféns
- Insatisfação com a coalizão de Netanyahu
Ativistas se reuniram em frente à sede militar em Tel Aviv. Eles cobriram um homem com tinta vermelha para demonstrar a gravidade da situação.
Discussão sobre a Libertação de Reféns
Recentes conversas com o Hamas estão buscando interromper os conflitos. O objetivo é trocar prisioneiros por paz. Líderes israelenses e árabes se reuniram em Doha na sexta-feira, demonstrando novos avanços. No entanto, ainda há divergências e outro encontro ocorrerá esta semana.
O gabinete de Netanyahu reiterou seu pedido por um acordo que permita a retomada dos combates, se necessário. O Hamas já recusou termos semelhantes anteriormente. Israel também possui outras condições, incluindo:
- Libertar o maior número possível de reféns vivos
- Impedir que os militantes armados voltem ao norte de Gaza
- Barrar o contrabando de armas do Egito para Gaza
O governo de Netanyahu está enfrentando pressão por causa da queda nas taxas de aprovação e da atenção internacional. Além disso, Israel está sendo investigado pelo Tribunal Penal Internacional e pelo Tribunal Internacional de Justiça por suas ações em Gaza.
Uma recente pesquisa do Canal 12 revelou que 58% dos israelenses acreditam que o governo não está alcançando seus objetivos de guerra, e 54% acham que Netanyahu está prolongando o conflito por razões políticas.
Famílias e Opinião Pública
As famílias dos reféns se sentem abandonadas pelo governo. O irmão de Lee Siegel, Keith, e sua esposa Aviva foram sequestrados em 7 de outubro. Aviva foi libertada em novembro, mas Keith ainda está em cativeiro. Lee acredita que o governo não considera a libertação dos reféns importante.
A irmã de Alon Gat, Carmel, também é uma refém do Hamas. Alon está muito preocupado com a segurança dela se nenhum acordo for alcançado em breve. As famílias temem que mais reféns possam morrer se as negociações falharem.
Os mediadores acreditam que apenas 50 dos 116 reféns ainda possam estar vivos, embora Israel reporte oficialmente apenas 42 mortes.
O porta-voz das Forças Armadas de Israel afirmou que o diálogo e a negociação são a melhor forma de libertar os reféns. O Ministro da Defesa, Yoav Gallant, concordou e pediu que se chegasse a um acordo durante os protestos.
Uma pesquisa do Canal 12 mostra que a maioria das pessoas em Israel agora acredita que libertar os reféns é mais importante do que continuar a luta. Cerca de 67% dos israelenses acham que a prioridade deve ser a libertação dos reféns, em vez de combater o Hamas.
Netanyahu nega ter interrompido qualquer acordo. No entanto, muitos israelenses duvidam que o governo consiga alcançar seus objetivos na guerra e libertar os reféns.
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