Ex-chefe da ONU deve restituir milhões após fraude

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Por Chi Silva
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Pilha de dinheiro com um emblema das Nações Unidas.

São PauloEx-funcionário da ONU, Vitalii Vanshelboim, foi condenado por um tribunal da organização a devolver US$ 58,8 milhões devido a perdas originadas de transações financeiras suspeitas. Vanshelboim, que ocupava o cargo de secretário-geral adjunto, enfrentou problemas por má conduta financeira durante seu trabalho na UNOPS. As investigações revelaram negócios não declarados e benefícios que geraram preocupações éticas e impactaram seriamente as finanças da organização.

O relatório do tribunal destacou uma série de questões cruciais.

Parcerias financeiras não reveladas com o empresário Kendrick, além de um empréstimo rotativo de US$ 2 milhões sem juros concedido por ele, foram identificadas. A família de Vanshelboim também recebeu remunerações secretas de Kendrick. Além disso, foram constatados gastos pessoais usando cartões de crédito de Kendrick.

Escândalo na UNOPS: Investimentos arriscados levam a prejuízo milionário

O escândalo ganhou notoriedade depois que a UNOPS, uma agência da ONU responsável por gerenciar projetos e adquirir bens, identificou perdas financeiras significativas. Vanshelboim, um líder sênior, tinha a responsabilidade de lidar com as questões financeiras de forma prudente, mas o tribunal constatou que ele falhou nessa função. Ele colaborou secretamente com Kendrick, levando a UNOPS a realizar investimentos arriscados que resultaram em grandes prejuízos. A organização perdeu cerca de US$ 63,6 milhões, afetando seus recursos e reputação, apesar de algumas recuperações menores provenientes de juros e taxas.

A situação ressalta a importância de organizações internacionais serem transparentes com suas negociações financeiras, especialmente quando atuam no desenvolvimento global. Serve como exemplo de como responsabilizar altos funcionários por má gestão e atos ilícitos. Com estas descobertas, a ONU enfrenta mais pressão para aprimorar sua gestão interna e seguir as normas éticas rigorosamente.

Antonio Guterres, o Secretário-Geral, mostrou-se satisfeito com o veredicto, evidenciando o compromisso da organização em responsabilizar seus funcionários por suas ações. Esse caso ressalta um esforço mais amplo para evitar corrupção e reconstruir a confiança. Com a apelação de Vanshelboim da decisão, ainda surgem dúvidas sobre as fragilidades das grandes organizações internacionais e como elas poderão combater a má conduta financeira no futuro. A participação das autoridades nacionais indica que os impactos podem estender-se além da ONU, possivelmente resultando em mudanças significativas nos procedimentos dentro da UNOPS e no sistema mais amplo da ONU.

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