Pai ainda aguarda desculpas da Rússia pelo desastre do MH17

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Por Bia Chacu
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Destroços de avião caído em um campo desolado

São PauloHá dez anos, um Boeing 777 foi derrubado no leste da Ucrânia, resultando na morte de 298 pessoas. O pai de Quinn Schansman, que perdeu o filho no acidente, ainda pede que a Rússia se desculpe. No entanto, a Rússia nega envolvimento e se recusa a assumir responsabilidade, o que deixa muitas famílias indignadas e abaladas.

Incidente do Voo MH17: Principais Acontecimentos

  • O avião MH17 foi derrubado por um míssil Buk.
  • 298 pessoas perderam a vida.
  • Uma investigação internacional concluiu que o sistema de mísseis pertencia à 53ª Brigada de Mísseis Antiaéreos da Rússia.
  • O sistema de mísseis foi transportado da Rússia para a Ucrânia e retornou após o incidente.
  • Um tribunal holandês condenou três indivíduos à prisão perpétua à revelia.

A queda do voo MH17 trouxe grande tristeza para famílias ao redor do mundo. Muitos ainda se sentem machucados, não apenas pelas perdas, mas pela falta de justiça. A investigação holandesa concluiu que um míssil da 53ª Brigada de Mísseis Anti-Aéreos da Rússia foi o responsável, com fortes evidências apoiando essa conclusão. Dois russos e um ucraniano pró-Rússia foram considerados culpados, mas a Rússia recusa-se a entregá-los.

O pai de Quinn, Schansman, está lutando com sua dor. Ele acha difícil aceitar que a Rússia continue negando responsabilidade. Schansman acredita que um pedido de desculpas poderia oferecer algum alívio, mesmo sabendo que isso não trará seu filho de volta. A constante disseminação de informações falsas pela Rússia torna ainda mais difícil para ele encontrar paz.

O ex-primeiro-ministro holandês Mark Rutte lembra a tragédia como um dos períodos mais difíceis de seu mandato. Sua equipe trabalhou incansavelmente para trazer os corpos das vítimas de volta à Holanda. Muitos prestaram suas homenagens enquanto os caixões eram transportados de uma base militar para o local onde seriam identificados.

O procurador-geral da Austrália, Mark Dreyfus, destacou a importância de lembrar as vítimas. Uma cerimônia em Canberra homenageou os falecidos e ressaltou a necessidade de justiça. Schansman não busca mais punir outras pessoas envolvidas, mas insiste que a Rússia deve admitir seu envolvimento.

Os sistemas jurídicos internacionais enfrentam limitações. Condenar pessoas sem a presença delas revela uma falha na aplicação das leis. Países frequentemente se recusam a enviar seus militares para julgamento. Essa situação destaca a necessidade de regras legais internacionais mais fortes.

Uma cerimônia foi realizada para marcar o 10º aniversário da tragédia em um parque próximo ao Aeroporto de Schiphol. O parque possui 298 árvores, uma para cada vítima, e girassóis, assim como no local do acidente. A irmã de Quinn nomeou sua filha Frida Quinn Schansman Pouw em homenagem à sua memória.

O desastre do MH17 ainda é uma ferida aberta. As famílias continuam de luto e buscam respostas. A recusa da Rússia em assumir a responsabilidade agrava a situação. Esta tristeza constante e a busca por justiça reforçam a necessidade de uma melhor cooperação internacional e responsabilização em eventos futuros semelhantes.

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