Empresas chinesas enfrentam desafios e dúvidas ao expandir nos EUA

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Por Bia Chacu
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Bandeira da China atrás de uma placa de "Proibida a Entrada".

São PauloNegócios Chineses Enfrentam Desafios no Mercado Americano

Empresas chinesas que desejam expandir nos EUA enfrentam grandes obstáculos. Apesar de estarem atraídas pelo vasto mercado, elas se deparam com maior desconfiança e questões políticas. A crescente competição entre EUA e China no setor empresarial gera incertezas.

Há diversas razões para esse conflito:

  • Governo dos EUA dá prioridade à segurança nacional em detrimento de laços econômicos
  • Redução de investimentos dos EUA na China
  • Desconfiança em relação às tecnologias e empresas chinesas

A rivalidade afeta as atividades empresariais e tem consequências econômicas mais amplas. Fortes laços de investimento entre os dois países são cruciais para a estabilidade e segurança econômica. Com economias interdependentes, a ocorrência de grandes conflitos é menos provável.

Parlamentares dos EUA manifestam preocupação com o avanço da China em tecnologia e indústria. O senador Marco Rubio destacou que o crescimento chinês nessas áreas é alarmante. Agora, a política externa dos EUA dá uma alta prioridade a questões comerciais e tecnológicas.

Durante o mandato do presidente Obama, e ainda mais durante a presidência de Trump, a oposição aos investimentos chineses cresceu. Isso fazia parte de uma resistência maior à globalização.

Nos EUA, há exemplos locais de resistência a projetos empresariais chineses. Em Green Charter Township, Michigan, moradores se opuseram a um projeto ligado a empresas chinesas, resultando em mudanças políticas. A Ford enfrentou resistência por se associar à CATL, uma empresa chinesa de baterias, devido a preocupações com seus vínculos com o governo chinês. Em Worcester, Massachusetts, a construção da instalação da WuXi Biologics foi interrompida por causa de leis que visam empresas vinculadas à China.

Empresas chinesas enfrentam desafios com seu próprio governo, pois Pequim teme a divulgação de segredos tecnológicos e limita a expansão internacional de seus negócios. Além disso, essas empresas precisam lidar com fiscalizações de outros países, como os Estados Unidos.

O mercado norte-americano continua sendo atraente, pois os consumidores compram bastante e os tribunais são justos. Um exemplo é Michigan, que ofereceu grandes incentivos à Gotion para construir uma fábrica de peças para baterias de veículos elétricos. No entanto, o futuro do projeto está incerto devido a alegações de que a empresa pode estar envolvida em trabalho forçado.

Investimentos chineses nos EUA diminuem drasticamente

Os investimentos chineses nos Estados Unidos caíram sensivelmente. O total investido caiu de US$ 63 bilhões em 2017 para menos de US$ 44 bilhões em 2023. No entanto, após a pandemia, houve uma certa recuperação, já que empresas chinesas buscam investir no exterior devido à redução dos lucros no mercado interno.

Os formuladores de políticas dos EUA estão preocupados com os riscos para a segurança nacional vindos das empresas chinesas, enquanto Pequim teme perder tecnologia. As empresas chinesas veem o mercado dos EUA como atraente, mas enfrentam dificuldades impostas por ambos os países. A combinação de interesses econômicos e preocupações com a segurança influencia como as empresas chinesas investem nos EUA.

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