Sensores revolucionários: detectando câncer de pulmão através da análise avançada do hálito

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Por João Silva
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Pequenos sensores detectando câncer de pulmão no ar exalado.

São PauloCâncer de pulmão é um problema de saúde significativo em todo o mundo, e detectar a doença precocemente pode melhorar os resultados para os pacientes. Cientistas estão investigando o uso de testes de respiração para identificar o câncer de pulmão. O ar exalado contém diversas substâncias, e certas alterações químicas podem indicar doenças pulmonares. Novas tecnologias de sensores nos permitem agora identificar essas mudanças com mais precisão do que antes.

Isopreno é um composto presente no hálito que está ligado ao câncer de pulmão. Para identificar mudanças nos níveis de isopreno, é necessário um sensor altamente sensível. Estudos recentes desenvolveram um novo nanosensor feito de óxido de índio que desempenha essa função de forma eficaz. O sensor Pt@InNiO_x consegue detectar níveis de isopreno de até 2 partes por bilhão, superando as versões anteriores. As características marcantes desses sensores incluem:

  • Alta sensibilidade ao isopreno em comparação com outros compostos.
  • Desempenho consistente em várias aplicações.
  • Análise em tempo real das propriedades estruturais e eletroquímicas.

Novas Tecnologias Facilitam Detecção de Câncer de Pulmão Sem Cirurgia

Estas novas tecnologias podem auxiliar na detecção de câncer de pulmão sem necessidade de cirurgia. Os sensores são fáceis de transportar, o que permite seu uso em ambientes do dia a dia. As pessoas podem simplesmente soprar em um pequeno dispositivo, que analisa a respiração em busca de sinais de câncer de pulmão. Isso pode reduzir significativamente a necessidade de exames mais invasivos, como as biópsias.

Sensores Inovadores: Vantagens Potenciais

Esses sensores oferecem uma série de benefícios significativos. Nos hospitais, podem agilizar o diagnóstico e o planejamento de tratamentos. Além disso, possibilitam check-ups regulares para pessoas com alto risco, promovendo cuidados precoces. Essa tecnologia não se limita à detecção de câncer de pulmão; pode também identificar outras doenças por meio da análise do hálito.

Ainda há questões a serem resolvidas. Os sensores precisam ser produzidos em grandes quantidades para se tornarem economicamente viáveis. Eles também devem integrar dispositivos fáceis de usar tanto para pacientes quanto para profissionais de saúde. Embora os primeiros testes sejam promissores, são necessários ensaios clínicos mais abrangentes para comprovar sua eficácia em diferentes grupos de pessoas.

Sensores avançados na medicina diária podem transformar o cuidado da saúde. A detecção precoce de doenças é crucial para tratamentos eficazes. Com o avanço das pesquisas, testes respiratórios podem em breve se tornar um método comum para detectar câncer de pulmão. Essa inovação tem o potencial de melhorar a triagem e o diagnóstico do câncer, proporcionando melhores resultados para os pacientes e, possivelmente, salvando vidas.

O estudo é publicado aqui:

http://dx.doi.org/10.1021/acssensors.4c01298

e sua citação oficial - incluindo autores e revista - é

Ye Cheng, Raquel Portela, Pingli Wang, Pingwei Liu, Yupeng Mao, Khak Ho Lim, Jieyuan Zheng, Xuan Yang, Gensheng Zhang, Liren Ding, Wen-Jun Wang, Bo-Geng Li, Miguel A. Bañares, Qingyue Wang. Ultrasensitive In2O3-Based Nanoflakes for Lung Cancer Diagnosis and the Sensing Mechanism Investigated by Operando Spectroscopy. ACS Sensors, 2024; DOI: 10.1021/acssensors.4c01298
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