Estudantes mudam Bangladesh: novo cenário e desafios após 1 mês

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Por Alex Morales
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Prédio do governo com cartazes de protesto e símbolos econômicos.

São PauloUm mês após estudantes em Bangladesh derrubarem a Primeira-Ministra Sheikh Hasina, o país está passando por mudanças e enfrentando incertezas. Dois líderes estudantis dos protestos se uniram ao Gabinete para reformar instituições importantes. O novo governo, liderado pelo ganhador do Prêmio Nobel Muhammad Yunus, está buscando a ajuda do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento para melhorar os tribunais, a polícia e a Comissão Eleitoral.

Muitos estão insatisfeitos com a governança rígida de Hasina. Seu governo prendeu membros da oposição, restringiu a liberdade de imprensa e enfraqueceu organizações comunitárias importantes. Eles afirmam que seu partido, a Liga Awami, é corrupto e que as instituições públicas pioraram durante seus 15 anos no poder.

Áreas de foco atuais incluem:

  • Reformar o sistema judiciário
  • Reestruturar a força policial
  • Restaurar a Comissão Eleitoral
  • Reconstruir a confiança pública nas instituições

A situação está instável. Funcionários da indústria de vestuário exigindo salários mais altos resultaram no fechamento de cerca de 100 fábricas. A insatisfação com Hasina e a Liga Awami continua a crescer. Alguns ex-funcionários do governo enfrentam acusações judiciais que parecem ter motivações políticas, levantando dúvidas sobre a justiça no ambiente atual.

Escolas muito afetadas, mas há esperança cautelosa

As escolas sofreram grandes impactos. A Universidade de Daca reabriu, mas poucos alunos estão frequentando. Muitos líderes escolares renunciaram, e os estudantes estão esperançosos, aguardando mudanças reais do governo provisório.

Restaurar a estabilidade é desafiador. Yunus pediu paciência enquanto seu gabinete trabalha para restabelecer a ordem e a confiança nas instituições. No entanto, a economia ainda enfrenta dificuldades. A recente onda de conflitos prejudicou seriamente a economia, elevando os preços e tornando a recuperação mais difícil. Embora lojas, bancos e restaurantes tenham reaberto, a polícia, que agora está enfraquecida e desmotivada, encontra dificuldades para manter a ordem.

A questão principal é definir quando marcar novas eleições. Há um debate sobre se o governo provisório deve focar apenas em reformas ou também se preparar para eleições. O Partido Nacionalista de Bangladesh (BNP) quer eleições antecipadas, o que pode complicar ainda mais a situação política caso a solicitação não seja atendida.

O governo interino enfrenta um momento complicado. Eles precisam de tempo para implementar mudanças significativas, mas adiar as eleições pode desagradar tanto os partidos de oposição quanto o público, gerando mais problemas. Os jovens em Bangladesh, que são apoiadores importantes, não vão esperar para sempre. As próximas semanas serão decisivas para ver se o governo interino consegue lidar bem com esses desafios.

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