Efeito dominó: PM Hasina derrubada por protestos estudantis em Bangladesh

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Por Ana Silva
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Manifestantes com cartazes em rua lotada à noite

São PauloProtestos Estudantis no Bangladesh Derrubam Primeiro-Ministro Sheikh Hasina

Protestos estudantis no Bangladesh levaram à queda da primeira-ministra Sheikh Hasina. À medida que o descontentamento crescia, Hasina se refugiou na Índia. Inicialmente, a revolta começou devido ao sistema de cotas para empregos públicos, visto como favorecendo aliados de seu partido. Rapidamente, os protestos se transformaram em uma insatisfação geral com seu governo, considerado por muitos cada vez mais autoritário.

Título sugerido: Ucrânia Ataca Refinarias Russas, Moscou Alega Defesa Marítima Eficaz

Em meio a tensões crescentes, a Ucrânia lançou ataques contra refinarias de petróleo russas, enquanto Moscou declarou ter realizado uma defesa bem-sucedida em suas águas territoriais. Esse conflito adiciona uma nova camada de complexidade às já delicadas relações entre os dois países, com possíveis implicações globais no fornecimento de energia e segurança marítima.

  • Os protestos começaram por causa de disputas sobre cotas de emprego.
  • A violência aumentou quando as forças de segurança reprimiram duramente, resultando em centenas de mortes.
  • As conquistas econômicas de Hasina foram obscurecidas pelas desigualdades sistêmicas.
  • Os estudantes exigiram que o Nobel da Paz Muhammad Yunus liderasse um governo interino.

Hasina, a primeira-ministra de Bangladesh há mais tempo no poder, fez uma fuga dramática que evidencia os problemas negligenciados por seu governo. Embora sua administração tenha alcançado grandes avanços econômicos—como a construção de fábricas, a melhoria da infraestrutura e a eletrificação de áreas rurais—os benefícios foram direcionados principalmente a um pequeno grupo de pessoas. Essas conquistas não resolveram o alto desemprego juvenil nem a grande dependência da economia nas exportações.

A pandemia de COVID-19 e a guerra na Ucrânia agravaram os problemas econômicos já existentes. O governo solicitou um resgate financeiro de $4,7 bilhões ao FMI, evidenciando a fragilidade da economia. Os jovens, que constituem quase 20% da população, enfrentaram dificuldades para encontrar empregos estáveis. Isso gerou descontentamento, especialmente em relação às cotas de empregos no setor público.

A queda de Hasina abriu um vazio na política de Bangladesh. O presidente dissolveu o Parlamento e anunciou um governo provisório, mas ainda não está claro quando serão realizadas novas eleições. A libertação da rival de Hasina, Khaleda Zia, da prisão domiciliar, adiciona mais um fator à instabilidade atual.

O papel das forças armadas nesta transformação é de extrema importância. Bangladesh já passou por golpes anteriormente, e a estabilidade futura do país pode depender das ações do exército. Especialistas alertam que mais instabilidade pode provocar mais violência, ressaltando a necessidade de uma mediação cautelosa.

A partida de Hasina evidencia o risco de ignorar como as pessoas se sentem. Apesar de suas políticas econômicas parecerem promissoras na teoria, elas não resolveram questões de desigualdade e o descontentamento dos jovens. Esse erro levou ao seu exílio e provocou instabilidade política no país.

Precisamos de um líder que possa conciliar políticas econômicas com justiça social. Muhammad Yunus, famoso por ganhar o Prêmio Nobel e ser um crítico de Hasina, talvez consiga unir a população. No entanto, formar um governo provisório estável enfrenta diversos desafios.

A repentina perda de poder de Sheikh Hasina revela que as economias precisam beneficiar todos para evitar insatisfação. O ocorrido em Bangladesh ilustra quão rapidamente a ira pública pode crescer se os problemas não forem resolvidos.

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