Sítio grego de 4 mil anos pode atrapalhar novo aeroporto

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Por Bia Chacu
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Ruínas no topo da colina com construção de aeroporto ao fundo

São PauloArqueólogos descobriram um local de 4.000 anos em uma colina na Grécia. Eles ainda não sabem para que ele era utilizado. As escavações continuam e o local não corresponde a nenhum dos conhecidos sítios minoicos. Especialistas acreditam que pode ter sido usado para rituais ou atividades religiosas.

A estrutura possui oito paredes de pedra em degraus que chegam a 1,7 metros de altura. No interior, ela é dividida em pequenos e conectados cômodos. Pode ter tido um telhado raso em forma de cone. O Ministério da Cultura afirmou que provavelmente não era uma residência. Dentro, encontraram muitos ossos de animais.

Aqui estão alguns pontos principais:

  • Construído entre 2000 e 1700 a.C.
  • Não era um local de moradia
  • Cercado por oito muros de pedra escalonados
  • Dividido em espaços menores e interligados
  • Grande quantidade de ossos de animais encontrados no interior

O ministério afirmou que a estrutura pode ter sido utilizada em rituais. Esses rituais poderiam incluir comer, beber vinho e fazer oferendas. A grande dimensão e o design complexo exigiram muito esforço. Trabalhadores habilidosos e uma liderança forte foram essenciais.

Algumas partes da estrutura são semelhantes às antigas tumbas minoicas, que possuíam tetos em formato de degraus. Há também semelhanças com os montes funerários encontrados em outras regiões da Grécia.

A Grécia possui muitos sítios históricos, o que às vezes gera problemas em projetos de construção. No final dos anos 1900, arqueólogos descobriram um assentamento do 3º milênio a.C. no topo de uma colina, mas ele foi destruído durante a construção do Aeroporto Internacional de Atenas.

Até o momento, durante as obras do novo aeroporto de Kastelli e suas conexões viárias, foram encontrados pelo menos 35 sítios arqueológicos, conforme informado pelo ministério. A descoberta de estruturas antigas frequentemente atrasa ou interrompe os projetos de construção. A preservação desses locais é essencial para os arqueólogos e para o Ministério da Cultura.

O novo sítio no topo da colina faz parte da longa história de Creta. Ele surgiu aproximadamente na mesma época que os primeiros palácios da ilha, como os de Knossos e Festo. Esta descoberta pode nos fornecer mais informações sobre a civilização minoica primitiva.

Cientistas ainda estão estudando o local. Eles querem entender seu uso e importância. Esforços para protegê-lo garantirão que esta antiga estrutura permaneça como parte da história cultural da Grécia.

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