Candidatos questionam resultados das eleições presidenciais na Argélia

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Por João Silva
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Urnas com votos espalhados e marcas questionáveis.

São PauloEleição presidencial na Argélia gera polêmica devido a irregularidades na contagem de votos

A recente eleição presidencial na Argélia gerou controvérsia, com os candidatos levantando preocupações sobre irregularidades na contagem dos votos. Cherif e Aouchiche, ambos candidatos à presidência, destacaram diferenças significativas entre o número de votos contados e os números de participação informados antes da eleição. Cherif culpou a Autoridade Nacional Independente para as Eleições (ANIE), afirmando que esses problemas prejudicaram a credibilidade da reeleição do presidente Tebboune, embora Tebboune parecesse estar em uma posição forte.

A campanha de Aouchiche apresentou gráficos que, segundo eles, comprovam a manipulação dos resultados. Eles sustentaram que as irregularidades são indícios de manipulação significativa.

  • Não refletem os votos informados pelas delegações regionais do ANIE
  • Questionam a transparência prometida pelo órgão eleitoral
  • Relembram as manipulações eleitorais da era do partido único na Argélia, nos anos 1970

Presidente Tebboune criticou a ANIE, refletindo a frustração generalizada no país. Essa crítica é significativa porque sugere possíveis divisões entre os líderes argelinos e indica conflitos internos e disputas de poder. Alegações de irregularidades, sugerindo resultados ainda maiores que os de Vladimir Putin, levantam dúvidas sobre a precisão e justiça dos resultados divulgados.

ANIE, fundada em 2019 para substituir o Ministério do Interior e garantir eleições justas, parece não ter cumprido seu objetivo de transparência. Seu desempenho nesta eleição levantou questionamentos sobre sua confiabilidade e independência. Isso gera dúvidas sobre o compromisso da Argélia com o progresso democrático após o movimento pró-democracia "Hirak" de 2019.

Mídia local aponta conflitos entre líderes secretos da Argélia

Veículos de comunicação locais afirmam que os problemas recentes revelam um conflito entre os líderes secretos da Argélia. Essa visão é reforçada por Tebboune, que criticou o órgão eleitoral ANIE, sugerindo problemas políticos mais profundos. Críticos locais chamam Charfi, líder da ANIE, de encrenqueiro que arruinou o processo eleitoral.

O movimento Hirak, que ajudou a remover o antecessor de Tebboune há cinco anos, pediu o boicote das eleições. Os eventos recentes corroboram suas preocupações sobre os problemas contínuos no sistema. O ex-Ministro da Comunicação Abdelaziz Rahabi afirmou que a Argélia não pode ser governada de forma eficaz porque as demandas do povo não estão sendo atendidas e há uma repressão às liberdades políticas e de imprensa.

Consequências da eleição levantam questões importantes sobre o futuro democrático da Argélia e as mudanças reais desde 2019. A concordância entre os candidatos presidenciais contra os resultados da ANIE marca um momento crucial para a política do país e sugere a possível demanda por reformas democráticas mais significativas.

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