Nações nucleares reforçam dependência de armas, aponta relatório.

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Por Chi Silva
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Mísseis nucleares com bandeiras dos EUA e da China.

São PauloUm novo relatório revela que os gastos globais com armas nucleares aumentaram em US$ 10,7 bilhões em 2023 em comparação a 2022. Os Estados Unidos são responsáveis por 80% desse aumento. Os EUA gastaram US$ 51,5 bilhões em armas nucleares, mais do que todos os outros países com arsenal nuclear juntos.

Alicia Sanders-Zakre, da ICAN, afirmou que os gastos com armas nucleares vêm aumentando nos últimos cinco anos. Ela mencionou que esses gastos não tornam o mundo mais seguro e, em vez disso, colocam pessoas em risco em todos os lugares.

Os maiores gastos com armas nucleares em 2023 são os seguintes:

  • Estados Unidos: $51,5 bilhões
  • China: $11,8 bilhões
  • Rússia: $8,3 bilhões

O SIPRI estima que cerca de 2.100 ogivas nucleares em serviço estão prontas para serem lançadas rapidamente. Quase todas essas ogivas pertencem à Rússia ou aos EUA. Acredita-se também que a China tenha, pela primeira vez, algumas ogivas prontas para lançamento rápido.

Dan Smith, diretor do SIPRI, observou um aumento no número de ogivas nucleares ativas. Ele mencionou que essa tendência provavelmente continuará e é muito preocupante. Rússia e Estados Unidos possuem quase 90% de todas as armas nucleares. Seus suprimentos militares permaneceram praticamente estáveis em 2023. No entanto, a Rússia adicionou cerca de 36 ogivas desde janeiro de 2023.

O SIPRI Yearbook 2024 relata que os EUA e a Rússia se tornaram menos transparentes sobre suas armas nucleares desde que a Rússia invadiu a Ucrânia em fevereiro de 2022. As discussões sobre compartilhamento nuclear ganharam mais relevância. Os EUA interromperam suas conversações sobre estabilidade estratégica com a Rússia. No ano passado, a Rússia anunciou a suspensão de sua participação no tratado nuclear New START.

Em janeiro de 2023, estimava-se que havia cerca de 12.121 ogivas nucleares no mundo. Aproximadamente 9.585 dessas ogivas estavam armazenadas para uso militar, enquanto cerca de 3.904 já estavam prontas para serem utilizadas em mísseis e aeronaves. Esse número é 60 a mais do que em janeiro de 2022.

Índia, Paquistão e Coreia do Norte, na Ásia, estão planejando equipar seus mísseis com múltiplas ogivas. Estados Unidos, Rússia, França, Reino Unido e China já possuem essa capacidade. Isso permite que eles aumentem rapidamente o número de ogivas e criem ameaças mais específicas.

O SIPRI afirma que seus números são estimativas. Eles atualizam anualmente os dados sobre as forças nucleares mundiais com novas informações e revisando as avaliações anteriores.

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